Por que dormis?
E disse-lhes:
Levantai-vos e orai,
para que não entreis em tentação.
Nos ensinos fundamentais de Jesus, é imperioso evitar as situações
acomodatícias, em detrimento das atividades do bem.
O Evangelho de Lucas, nesta passagem, conta que os discípulos “dormiam de tristeza”, enquanto o Mestre
orava fervorosamente no Horto. Vê-se, pois, que o Senhor não justificou nem
mesmo a inatividade oriunda do choque ante as grandes dores.
O aprendiz figurara no mundo como o campo de trabalho do
Reino, onde se esforçara, operoso e vigilante, compreendendo que o Cristo
prossegue em serviço redentor para o resgate total das criaturas.
Recordando a prece em Getsêmani , somos obrigados a lembrar
que inúmeras comunidades de alicerces cristãos permanecem dormindo nas convivências
pessoais, nos mesquinhos interesses, nas vaidades efêmeras. Falam do Cristo,
referem-se à sua imperecível exemplificação, como se fossem sonâmbulos,
inconscientes do que dizem e do que fazem, para despertarem tão só no instante
da morte corporal, em soluços tardios.
Ouçamos a interrogação do Salvador e busquemos a edificação e
o trabalho, a fim de que não existam lugares vagos para o que seja inútil e
ruinoso à consciência.
Quanto a ti, que ainda e encontras na carne, não durmas em
espírito, desatendendo aos interesses do Redentor. Levanta-te e esforça-te,
porque é no sono da alma que se encontram as mais perigosas tentações, em
pesadelos ou fantasias.
Fonte:
Caminho, verdade e vida / pelo Espírito Emmanuel;
[psicografado por] Francisco Cândido Xavier. – 29 ed. – 1 imp. – Brasília; FEB,
2015. 393 p.