Cartas
espirituais
“E, quando esta epístola tiver sido lida entre vós,
fazei que também o seja na igreja dos laodicenses, e a que veio de Laodiceia
lede-a vós também.” — PAULO (Colossenses, 4.16)
Desde que a
inteligência humana se colocou em condições de receber a vibração dos Planos
mais altos, não cessou o Pai de enviar-lhe apelos, através de todos os recursos.
Em razão disso, a inspiração edificante nunca
faltou às criaturas. E, na atualidade, com a intensificação do intercâmbio entre
os Círculos visíveis e invisíveis, à face do Espiritismo evangélico que
restaura no mundo o Cristianismo, na
sua pureza essencial, as cartas espirituais são mais diretas, mais
tangíveis.
Grande parte dos estudantes, contudo, seguindo a
velha corrente do indiferentismo, em reparando essa ou aquela página
edificadora, procura avidamente os nomes daqueles a quem são dirigidas.
Se há conselhos sábios, devem ser para os outros;
se surgem advertências amigas ou severos apelos, devem ser igualmente para os
outros. E compacta assembleia de companheiros demonstra singular ansiedade para
receber mensagens particularistas, com apontamentos individuais. Para prevenir tais extremos, recomendava Paulo que as epístolas dedicadas
a determinada igreja fossem lidas e comentadas em diferentes santuários para a
necessária fusão e dilatação dos conhecimentos elevados.
As cartas
espirituais de hoje devem observar idêntico processo. Somos compelidos a reconhecer que todos somos, individualmente,
portadores dum templo interno. Saibamos extinguir as solicitações egoísticas e busquemos em cada
mensagem do Plano Superior a consolação, o remédio, o conselho ou a advertência
de que carecemos.
Quando
soubermos compreender as pequeninas experiências de cada dia com a luz do
Evangelho, concluiremos que todas as epístolas do bem procedem de Deus para a
comunidade geral de seus filhos.
*= grifos nossos
Fonte:
Vinha de luz / pelo Espírito Emmanuel; [psicografado por] Francisco
Cândido Xavier. – 28 ed. – 1. Imp. – Brasília: FEB, 2015. 445 p.