sábado, 21 de julho de 2018

Cartas espirituais

Cartas espirituais

“E, quando esta epístola tiver sido lida entre vós, fazei que também o seja na igreja dos laodicenses, e a que veio de Laodiceia lede-a vós também.” — PAULO (Colossenses, 4.16)

O correio do Céu nunca se interrompeu.

Desde que a inteligência humana se colocou em condições de receber a vibração dos Planos mais altos, não cessou o Pai de enviar-lhe apelos, através de todos os recursos.

Em razão disso, a inspiração edificante nunca faltou às criaturasE, na atualidade, com a intensificação do intercâmbio entre os Círculos visíveis e invisíveis, à face do Espiritismo evangélico que restaura no mundo o Cristianismo, na sua pureza essencial, as cartas espirituais são mais diretas, mais tangíveis.

Grande parte dos estudantes, contudo, seguindo a velha corrente do indiferentismo, em reparando essa ou aquela página edificadora, procura avidamente os nomes daqueles a quem são dirigidas.

Se há conselhos sábios, devem ser para os outros; se surgem advertências amigas ou severos apelos, devem ser igualmente para os outros. E compacta assembleia de companheiros demonstra singular ansiedade para receber mensagens particularistas, com apontamentos individuais. Para prevenir tais extremos, recomendava Paulo que as epístolas dedicadas a determinada igreja fossem lidas e comentadas em diferentes santuários para a necessária fusão e dilatação dos conhecimentos elevados.

As cartas espirituais de hoje devem observar idêntico processo. Somos compelidos a reconhecer que todos somos, individualmente, portadores dum templo internoSaibamos extinguir as solicitações egoísticas e busquemos em cada mensagem do Plano Superior a consolação, o remédio, o conselho ou a advertência de que carecemos.

Quando soubermos compreender as pequeninas experiências de cada dia com a luz do Evangelho, concluiremos que todas as epístolas do bem procedem de Deus para a comunidade geral de seus filhos.

*= grifos nossos

Fonte:

Vinha de luz / pelo Espírito Emmanuel; [psicografado por] Francisco Cândido Xavier. – 28 ed. – 1. Imp. – Brasília: FEB, 2015. 445 p.

segunda-feira, 16 de julho de 2018

Para o alvo

Para o alvo*

Prossigo para o alvo. - Paulo (Filipenses, 3:14.)

Quando Paulo escreveu aos filipenses, já possuía vasta experiência de apostolado.

Doutor da Lei em Jerusalém, abandonara as vaidades de raça e de família, rendendo-se ao Mestre em santificadora humildade.

Após dominar pela força física, pela cultura intelectual e pela inteligência nobre, voltou-se para o tear obscuro, conquistando o próprio sustento com o suor diário. Ingressando nos espinhosos testemunhos para servir ao próximo, por amor a Jesus, recebeu a ironia e o desamparo de familiares, a desconfiança e o insulto de velhos amigos, os açoites da maldade e as pedradas da incompreensão.

O convertido de Damasco, no entanto, jamais desanimou, prosseguindo, invariavelmente, para o alvo, que, ainda e sempre, é a união divina do discípulo com o Mestre.

Quantos aprendizes estarão, atualmente, dispostos ao grande exemplo?

Espalham-se, em vão, os convites ao sublime banquete, debalde envia Jesus mensageiros aos estudantes novos, revelando a excelência da vida superior. A maioria deles, contudo, operários fugitivos, plenamente distraídos da realização...

Perdem de vista a obra por fazer, desinteressam-se das lições necessárias e esquecem as finalidades da permanência na Terra.

Comumente, nos primeiros obstáculos mais fortes da marcha, nas corrigendas iniciais do serviço, põem-se em lágrimas de desespero, acabrunhados e tristes. Declaram-se, incompreensivelmente, desalentados, vencidos, sem esperança...

A explicação é simples, todavia. Perderam o rumo para o Cristo, seduzidos por espetáculos fugazes, nas numerosas estações da jornada espiritual, e, por esquecerem o alvo sublime, chega de modo inevitável o instante em que, cessados os motivos da transitória fascinação, se sentem angustiados, como viajores sedentos nos áridos desertos da vida humana.

*= grifos nossos

Fonte:

Vinha de luz / pelo Espírito Emmanuel; [psicografado por] Francisco Cândido Xavier. – 28 ed. – 1. Imp. – Brasília: FEB, 2015. 445 p.

Armai-vos

Armai-vos*

Portanto tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mal e, havendo feito tudo, ficar firmes. - Paulo (Efésios, 6:13)

O movimento da fé não proporciona consolações tão somente. Buscar-lhe as fontes sublimes para retirar apenas conforto, seria proceder à maneira das crianças que nada enxergam senão guloseimas.

É indispensável tomar as armaduras de Deus nas casas consagradas ao labor divino.

Ilógico aproximar-se o filho adulto da presença paterna com a exclusiva preocupação de receber carinho. A mente juvenil precisa aceitar a educação construtiva que lhe é oferecida, revestindo-se de poderes benéficos, na ação incessante do bem, a fim de que os progenitores se sintam correspondidos na sua heróica dedicação.

A sede de ternura palpita em todos os seres, contudo, não se deve esquecer o trabalho que enrijece as energias comuns, a responsabilidade que define a posição justa e o esforço próprio que enobrece o caminho.

Em todos os templos do pensamento religioso elevado, o Pai está oferecendo armaduras aos seus filhos.

Os crentes, num impulso louvável, podem entregar-se naturalmente às melhores expansões afetivas, mas não se esqueçam de que o Senhor lhes favorece instrumentos espirituais para a fortaleza de que necessitam, dentro da luta redentora; somente de posse de semelhantes armaduras pode a alma resistir, nos maus dias da experiência terrestre, sustentando a serenidade própria, nos instantes dolorosos e guardando-se na couraça da firmeza de Deus.

*= grifos nossos


Fonte:
Vinha de luz / pelo Espírito Emmanuel; [psicografado por] Francisco Cândido Xavier. – 28 ed. – 1. Imp. – Brasília: FEB, 2015. 445 p.

quarta-feira, 11 de julho de 2018

Na Meditação

Na meditação*


E foram sós num barco para um lugar deserto. (Marcos, 6:32.)

 
Tuas mãos permanecem extenuadas por fazer e desfazer.

Teus olhos, naturalmente, estão cheios da angústia recolhida na perturbação ambiente.

Doem-te os pés nas recapitulações dolorosas.

Teus sentimentos vão e vêm, com impulsos tumultuários, influenciados por mil pessoas diversas.

Tens o coração atormentado.

É natural. Nossa mente sofre sede de paz, como a terra seca tem necessidade de água fria.

Vem a lugar à parte, no país de ti mesmo, a fim de repousar um pouco. Esquece as fronteiras sociais, os controles domésticos, as incompreensões dos parentes, os assuntos difíceis, os problemas inquietantes, as ideias inferiores.

Retira-te dos lugares comuns a que ainda te prendes.

Concentra-te, por alguns minutos, em companhia do Cristo, no barco dos teus pensamentos mais puros, sobre o mar das preocupações cotidianas.

Ele te lavará a mente eivada de aflições.

Balsamizará tuas úlceras.

Dar-te-á salutares alvitres.

Basta que te cales e sua voz falará no sublime silêncio.

Oferece-lhe um coração valoroso na fé e na realização, e seus braços divinos farão o resto.

Regressarás, então, aos círculos de luta, revigorado, forte e feliz.

Teu coração com Ele, a fim de agires, com êxito, no vale do serviço.

Ele contigo, para escalares, sem cansaço, a montanha de luz.


*= grifos nossos


Fonte:


Caminho, verdade e vida / pelo Espírito Emmanuel; [psicografado por] Francisco Cândido Xavier. – 29 ed. – 1 imp. – Brasília; FEB, 2015. 393 p.

Matéria Cósmica

Espírito: Augusto dos Anjos
Psicografia: Francisco Cândido Xavier

Matéria cósmica

Glória à matéria cósmica, a energia
Potencial que dá vida aos elementos,
Base de portentosos movimentos
Onde a Forma se acaba e principia.

Sistematização dos argumentos
Que elucidam a Teleologia:
Dentro da força cósmica se cria
A fonte-máter dos conhecimentos.

É do mundo o Od ignoto, o éter divino,
Onde Deus grava a história do destino
Dos seus feitos do Amor no Amor imersos.

Livro onde o Criador Inimitável
Grava, com o pensamento almo e insondável,
Seus poemas de seres e universos.

Fonte:
Parnaso de além-túmulo: (poesias mediúnicas): [psicografado por] – Francisco Cândido Xavier – 19. Ed. – 2ª reimpressão – Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira, 2010. 704 p. 


Link:  https://www.youtube.com/watch?v=Tk7QRnGggZk

terça-feira, 10 de julho de 2018

Homenagem a KARDEC

Homenagem a Kardec

"Trouxeste, Allan Kardec, à longa noite humana,

O Cristo em nova luz - revivescida aurora! -

E onde estejas serás, eternidade afora,

A verdade sublime, em que o mundo se irmana.

Em teu verbo solar, a justiça se ufana

De aclarar, consolando, o coração que chora,

A fé brilha, o bem salva, a estrada se aprimora

E a vida, além da morte, esplende soberana!...

Escuta a gratidão da Terra... Em toda parte,

A alma do povo freme e canta ao relembrar-te

A presença estelar e a serena vitória.

Gênio, serviste! Herói, exterminaste as trevas!...

Recebe com Jesus, na glória a que te elevas,

Nosso preito de amor nos tributos da História."

Autor: Amaral Ornellas
Psicografia de Francisco Cândido Xavier