domingo, 23 de fevereiro de 2020

Deus não desampara

Deus não desampara*


E dei-lhe tempo para que se arrependesse da sua prostituição, e não se arrependeu. – (Apocalipse, 2:21)

Se o Apocalipse está repleto de símbolos profundos, isso não impede venhamos a examinar-lhe as expressões, compatíveis com o nosso entendimento, extraindo as lições suscetíveis de ampliar-nos o progresso espiritual.

O versículo mencionado proporciona uma ideia da longanimidade do Altíssimo, na consideração da falhas e defecções dos filhos transgressores.

Muita gente insiste pela rigidez e irrevogabilidade das determinações de origem divina; entretanto, compete-nos reconhecer que os corações inclinados a semelhante interpretação ainda não consegue analisar a essência sublime do amor que apaga dívidas escuras e faz nascer novo dia nos horizontes da alma.

Se entre juízes terrestres existem providências fraternas, qual seja a da liberdade sob condição, seria o tribunal celeste constituído por inteligências mais duras e inflexíveis?

A Casa do Pai é muito mais generosa que qualquer figuração de magnanimidade apresentada, até agora, no mundo, pelo pensamento religioso. Em seus celeiros abundantes, há empréstimos e moratórias, concessões de tempo e recursos que a mais vigorosa imaginação humana jamais calculará.

O Altíssimo fornece dádivas a todos, e, na atualidade, é aconselhável medite o homem terreno no recursos que lhe foram concedidos pelo Céu, para arrependimento, buscando renovar-se nos rumos do bem.

Os prisioneiros da concepção de justiça implacável ignoram os poderosos auxílios do Todo-Poderoso, que se manifestam por mil modos diferentes; contudo, os que procuram a própria iluminação pelo amor universal sabem que
Deus dá sempre e que é necessário aprender a receber.


*= grifos nossos


Fonte:

Pão nosso / pelo Espírito Emmanuel; [psicografado por] Francisco Cândido Xavier. – 1. ed. 10. imp. - Brasília; FEB, 2016. 407 p.

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

Amar como Jesus Amou...

Um dia uma criança me parou
Olhou-me nos meus olhos a sorrir
Caneta e papel na sua mão
Tarefa escolar para cumprir
E perguntou no meio de um sorriso
O que é preciso para ser feliz?

Amar como Jesus amou
Sonhar como Jesus sonhou
Pensar como Jesus pensou
Viver como Jesus viveu
Sentir o que Jesus sentia
Sorrir como Jesus sorria
E ao chegar ao fim do dia
Eu sei que eu dormiria muito mais feliz

Sentir o que Jesus sentia
Sorrir como Jesus sorria
E ao chegar ao fim do dia
Eu sei que eu dormiria muito mais feliz

Ouvindo o que eu falei ela me olhou
E disse que era lindo o que eu falei
Pediu que eu repetisse, por favor
Mas não dissesse tudo de uma vez
E perguntou de novo num sorriso
O que é preciso para ser feliz?

Amar como Jesus amou
Sonhar como Jesus sonhou
Pensar como Jesus pensou
Viver como Jesus viveu
Sentir o que Jesus sentia
Sorrir como Jesus sorria
E ao chegar ao fim do dia
Eu sei que eu dormiria muito mais feliz

Sentir o que Jesus sentia
Sorrir como Jesus sorria
E ao chegar ao fim do dia
Eu sei que eu dormiria muito mais feliz

Depois que eu terminei de repetir
Seus olhos não saíam do papel
Toquei no seu rostinho e a sorrir
Pedi que, ao transmitir, fosse fiel
E ela deu-me um beijo demorado
E ao meu lado foi dizendo assim

Amar como Jesus amou
Sonhar como Jesus sonhou
Pensar como Jesus pensou
Viver como Jesus viveu
Sentir o que Jesus sentia
Sorrir como Jesus sorria
E ao chegar ao fim do dia
Eu sei que eu dormiria muito mais feliz

Sentir o que Jesus sentia
Sorrir como Jesus sorria
E ao chegar ao fim do dia
Eu sei que eu dormiria muito mais feliz

E ao chegar ao fim do dia
Eu sei que eu dormiria muito mais feliz...




Composição: Pe. Zezinho










domingo, 16 de fevereiro de 2020

Hoje

Hoje*
Antes, exortai-vos uns aos outros, todos os dias, durante o tempo que se chama Hoje; para que nenhum de vós se endureça do pecado. - Paulo (Hebreus, 3:13)
O conselho da exortação recíproca, diária, indicado pelo Apóstolo requisita bastante reflexão para que não se estabeleça guarida a certas dúvidas.

Salientemos que Paulo imprime singular importância ao tempo que se chama Hoje, destacando a necessidade de valorização dos recursos em movimento pelas nossas possibilidades no dia que passa.

Acreditam muitos que para aconselharem os irmãos necessitam falar sempre, transformando-se em discutidores contumazes. Importa reconhecer, porém, que uma advertência, quando se constitua somente de palavras, deixa invariável vazio após sua passagem.

Qual ocorre no plano das organizações físicas, edificação espiritual alguma se levantará sem bases.

O “exortai-vos uns aos outros” representa um apelo mais importante que o simples chamamento aos duelos verbais.

Convites e conselhos transparecem, com mais força, do exemplo de cada um. Todo aquele que vive da prática real dos princípios nobres a que se devotou no mundo, que cumpre zelosamente os deveres contraídos e que demonstre o bem sinceramente, está exortando os irmãos em humanidade ao caminho de elevação. É para esse gênero de testemunho diário que o convertido de Damasco nos convoca. Somente por intermédio desse constante exercício de melhoria própria, libertar-se-á o homem de enganos fatais.

Não te endureças, pois, na estrada que o Senhor te levou a trilhar, em favor de teu resgate, aprimoramento e santificação. Recorda a importância do tempo que se chama Hoje.


*= grifos nossos


Fonte:


Pão nosso / pelo Espírito Emmanuel; [psicografado por] Francisco Cândido Xavier. – 1. ed. 10 imp. - Brasília; FEB, 2016. 407 p.

sábado, 8 de fevereiro de 2020

Revides

Revides*


Na verdade, é já realmente uma falta entre vós terdes demandas uns contra os outros. Por que não sofreis, antes, a injustiça? Por que não sofreis, antes, o dano? – Paulo (I Coríntios, 6:7)

Nem sempre as demandas permanecem nos tribunais judiciários, no terreno escandaloso dos processos públicos.

Expressam-se em muito maior escala no centro dos lares e das instituições. Aí se movimentam, por meio do desregramento mental e da conversação em surdina, no lodo invisível do ódio que asfixia corações e anula energias. Se vivem, contudo, é porque componentes das famílias e das instituições as alimentam com o óleo da animosidade recalcada.

Aprendizes inúmeros se tornam vítimas de semelhantes perturbações, por se acastelaram em falsos princípios regenerativos.

De modo geral, grande parte prefere a atitude agressiva, de espada às mãos, esgrimindo com calor na ilusória suposição de operar o conserto do próximo.

Prontos a protestar, a acusar e criticar nos grandes ruídos, costumam esclarecer que servem à verdade. Por que motivo, porém, não exemplificam a própria fé, suportando a injustiça e o dano heroicamente, no silêncio da alma fiel, antes da opção por qualquer revide?

Quantos lares seriam felizes, quantas instituições se converteriam em mananciais permanentes de luz, se os crentes do Evangelho aprendessem a calar para falar, a seu tempo, com proveito?

Não nos referimos aos homens vulgares, e sim aos discípulos de Jesus.

Quanto lucrará o mundo, quando o seguidor do Cristo se sentir venturoso em ser mero instrumento do bem nas divinas Mãos, esquecendo o velho propósito de ser orientador arbitrário do serviço celeste?

*= grifos nossos


Fonte:

Pão nosso / pelo Espírito Emmanuel; [psicografado por] Francisco Cândido Xavier. – 1. ed. 10 ed. - Brasília: FEB, 2016. 407 p.

domingo, 2 de fevereiro de 2020

Ouço DEUS

OUÇO DEUS

Ouço Deus no murmúrio das águas dos rios
Ouço Deus nos furor dos ciclones bravios
Ouço Deus no cantar matinais dos pardais
Ouço Deus no lamento de pobres mortais

Vejo Deus nas estrelas perenes de luz
Vejo Deus no esplendor que a alvorada traduz
Vejo Deus no suave perfume da flor
Vejo Deus no adeus companheiro da dor

Sinto Deus na saudade que evoca lembrança
Sinto Deus no morrer de febris esperanças
Sinto Deus na tristeza de ver-te partir
Sinto Deus na tua volta, irmão a sorrir

Ouço Deus no murmúrio das águas dos rios
Ouço Deus no furor dos ciclones bravios
Sinto Deus no cantar matinais dos pardais
Ouço Deus no lamento de pobres mortais

MÚSICA: OUÇO DEUS
INTÉRPRETE: VANSAN
AUTORIA: DESCONHECIA (ajude-me a encontrar o autor)

EDIÇÃO: J. U. CANÔAS


sábado, 1 de fevereiro de 2020

Não tiranizes

Não tiranizes*


E, com muitas palavras semelhantes, lhes dirigia a palavra, segundo o que podiam compreender. – (Marcos, 4:33)

Na difusão dos ensinamentos evangélicos, de quando em quando encontramos pregadores rigorosos e exigentes.

Semelhante anomalia não se verifica apenas no quadro geral do serviço. Na esfera particular, não raro, surgem amigos severos e fervorosos que reclamam desesperadamente a sintonia dos afeiçoados com os princípios religiosos que abraçaram.

Discussões acerbas se levantam, tocando a azedia venenosa.

Belas expressões afetivas são abaladas nos fundamentos, por ofensas indébitas.

Contudo, se o discípulo permanece realmente possuído pelo propósito de união com o Mestre, tal atitude é fácil de corrigir.

O Senhor somente ensinava aos que o ouviam, “segundo o que podiam compreender”.

Aos Apóstolos, conferiu instruções de elevado valor simbólico, enquanto à multidão transmitiu verdades fundamentais, por intermédio de contos simples. A conversação dele diferia de conformidade com as necessidades espirituais daqueles que o rodeavam.

Se estás em serviço do Senhor, considera os imperativos da iluminação, porque o mundo precisa de servidores cristãos, e não de tiranos doutrinários.


*= grifos nossos


Fonte:

Pão Nosso / pelo Espírito Emmanuel; [psicografado por] Francisco Cândido Xavier. 1. ed. 10. imp. – Brasília; FEB, 2016. 407 p.