Ao partir
do pão*
E eles lhes contaram o que lhes acontecera no caminho, e
como deles foi conhecido ao partir do pão. (Lucas,
24:35)
Muito importante o episódio em que o Mestre é
reconhecido pelos discípulos que se dirigiam para Emaús, em desesperação.
Jesus
seguira-os, qual amigo oculto, fixando-lhes a verdade no coração com as fórmulas
verbais, carinhosas e doces.
Grande parte do caminho foi atravessada em
companhia daquele homem, amoroso e sábio, que ambos interpretaram por generoso
e simpático desconhecido, e, somente ao partir do pão, reconhecem o Mestre
muito amado.
Os
dois aprendizes não conseguiram não conseguiram a identificação nem pelas
palavras, nem pelo gesto afetuoso; contudo, tão logo surgiu o pão materializado,
dissiparam todas as dúvidas e creram.
Não
será o mesmo que vem ocorrendo no mundo há milênios?
Compactas multidões de candidatos à fé se
afastam do serviço divino por não atingirem, depois de certa expectação, as
vantagens que aguardavam no imediatismo da luta humana. Sem garantia
financeira, sem caprichos satisfeitos, não
comungam na crença renovadora, respeitável e fiel.
É
necessário combater semelhante miopia da alma.
Louvado seja o Senhor por todas as lições e
testemunhos que nos confere, mas continuarás muito longe da verdade se o
procuras apenas na divisão dos bens fragmentários e perecíveis.
*=
grifos nossos.
Fonte:
Pão nosso / pelo Espírito Emmanuel; [psicografado por] Francisco Cândido Xavier. – 1 ed. – 10 imp. – Brasília; FEB, 2016. 407 p.