sábado, 24 de abril de 2021

Mensagem da Criança

 Mensagem da Criança

Dizes que sou o futuro.

Não me desampares o presente.

Dizes que sou a esperança da paz.

Não me induzas à guerra.

Dizes que sou a promessa do bem.

Não me confies ao mal.

Dizes que sou a luz dos teus olhos.

Não me abandones às trevas.

Não espero somente o teu pão.

Dá-me luz e entendimento.

Não desejo tão só a festa de teu carinho.

Suplico-te amor com que me eduques.

Não te rogo apenas brinquedos.

Peço-te bons exemplos e boas palavras.

Não sou simples ornamento de teu caminho.

Sou alguém que bate à porta em nome de Deus.

Ensina-me o trabalho e a humildade, o devotamento e o perdão.

Compadece-te de mim e orienta-me para o que seja bom e justo...

Ajuda-me hoje para que amanhã eu não te faça chorar.

* * *

Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Antologia da criança.
Ditado pelo Espírito Meimei.
IDEAL.

sexta-feira, 16 de abril de 2021

Separação

 

Separação*

Todavia, digo-vos a verdade: a vós convém que eu vá. – Jesus (João, 16:7)

 

Semelhante declaração do Mestre ressoa em nossas fibras mais íntimas.

Ninguém sabia amar tanto quanto Ele; contudo, era o primeiro a reconhecer a conveniência da partida, em favor dos companheiros.

Que teria acontecido se Jesus teimasse em permanecer?

Provavelmente, as multidões terrestres teriam acentuado as tendências egoísticas, consolidando-as.

Porque o divino Amigo havia buscado Lázaro no sepulcro, ninguém mais se resignaria à separação pela morte. Por se haverem limpado alguns leprosos, ninguém aceitaria, de futuro, a cooperação proveitosa das moléstias físicas. O resultado lógico seria a perturbação geral no mecanismo evolutivo.

O Mestre precisava ausentar-se para que o esforço de cada um se fizesse visível no plano divino da obra mundial. De outro modo, seria perpetuar a indolência de uns e o egoísmo de outros.

Sob diferentes aspectos, repete-se, diariamente, a grande hora da família evangélica em nossos agrupamentos afins.

Quantas vezes surgirá a viuvez, a orfandade, o sofrimento da distância, a perplexidade e a dor por elevada conveniência no bem comum?

Recordai a presente passagem do Evangelho, quando a separação vos faça chorar, porque se a morte do corpo é renovação para quem parte é também vida nova para os que ficam.  

  *= grifos nossos.

Fonte:

Pão nosso / pelo Espírito Emmanuel; [psicografado por] Francisco Cândido Xavier. – 1 ed. – 10 imp. – Brasília; FEB, 2016. 407 p.

sábado, 10 de abril de 2021

Mensagem da Criança

 

Mensagem da Criança

 

 

Dizes que sou o futuro.


Não me desampare no presente.


Dizes que sou a esperança da Paz .


Não me induzas à guerra.


Dizes que sou a promessa do bem.


Não me confies ao mal.


Dizes que sou a luz dos teus olhos.


Não me abandone as trevas.


Não espero somente teu pão.


Dá-me luz e entendimento.


Não desejo tão só a festa do teu carinho.


Suplico-te amor com que me eduques.


Não te rogo apenas brinquedos.


Peço-te bons exemplos e boas palavras.


Não sou simples ornamento de teu caminho.


Sou alguém que te bate à porta em nome de Deus.


Ensina - me o trabalho, a humildade, o devotamento e o perdão.


Compadece - te de mim e orienta-me para que eu seja bom
e justo...


Corrige - me enquanto é tempo, ainda que eu sofra...


Ajuda - me hoje para que amanhã eu não te faça chorar.

 

Fonte: Antologia da Criança / pelo Espírito Mei Mei; [psicografado por] Francisco Cândido Xavier. IDEAL.

sábado, 3 de abril de 2021

Ao partir do pão

 Ao partir do pão*

E eles lhes contaram o que lhes acontecera no caminho, e como deles foi conhecido ao partir do pão. (Lucas, 24:35)

 

Muito importante o episódio em que o Mestre é reconhecido pelos discípulos que se dirigiam para Emaús, em desesperação.

         Jesus seguira-os, qual amigo oculto, fixando-lhes a verdade no coração com as fórmulas verbais, carinhosas e doces.

         Grande parte do caminho foi atravessada em companhia daquele homem, amoroso e sábio, que ambos interpretaram por generoso e simpático desconhecido, e, somente ao partir do pão, reconhecem o Mestre muito amado.  

         Os dois aprendizes não conseguiram não conseguiram a identificação nem pelas palavras, nem pelo gesto afetuoso; contudo, tão logo surgiu o pão materializado, dissiparam todas as dúvidas e creram.

         Não será o mesmo que vem ocorrendo no mundo há milênios?

         Compactas multidões de candidatos à fé se afastam do serviço divino por não atingirem, depois de certa expectação, as vantagens que aguardavam no imediatismo da luta humana. Sem garantia financeira, sem caprichos satisfeitos, não comungam na crença renovadora, respeitável e fiel.

         É necessário combater semelhante miopia da alma.

         Louvado seja o Senhor por todas as lições e testemunhos que nos confere, mas continuarás muito longe da verdade se o procuras apenas na divisão dos bens fragmentários e perecíveis.

 

  *= grifos nossos.


Fonte:

Pão nosso / pelo Espírito Emmanuel; [psicografado por] Francisco Cândido Xavier. – 1 ed. – 10 imp. – Brasília; FEB, 2016. 407 p.