quarta-feira, 30 de maio de 2018

Caso de Chico Xavier

Casos de Chico Xavier

“Desde criança, a figura do Cristo me impressiona. Ao perder minha mãe, aos cinco janeiros de idade, conforme os ensinamentos que ela nos havia dado, acreditei n´Ele, na certeza de que Ele me sustentaria. Conduzido a uma casa estranha na qual encontrei muitas dificuldades para continuar vivendo, lembrava-me dele, na convicção de que ele era um amigo poderoso e compassivo, que me enviaria recursos de resistência.

“Ao ver minha mãe desencarnada, em Espírito, pela primeira vez, com o cérebro infantil sem qualquer conhecimento dos conflitos religiosos que dividem a humanidade, pedi a ela me abençoasse segundo o nosso hábito em família e lembro-me perfeitamente do que perguntei:

“ – Mamãe, foi Jesus que mandou a senhora me buscar?

“ Ela sorriu e respondeu:

“ – Foi sim, mas Jesus deseja que vocês, os meus filhos espalhados, ainda fiquem me esperando...

“A referência a Jesus sempre me tranqüilizava. Ele sempre esteve em minhas lembranças como um protetor amoroso e bom, não desaparecido, não longe, mas sempre perto, não indiferente aos nossos obstáculos humanos e sim cada vez mais atuante e vivo!   

“A face de Jesus!... Desde a escola primária perguntava a mim mesmo como seria o semblante d´Ele, o Benfeitor Incomparável! Muito cedo, caminhei para a mediunidade e indagava dos Espíritos Amigos como seriam os traços fisionômicos do Senhor. Os Benfeitores Espirituais me determinavam procurá-Lo nas crianças doentes e desamparadas e nas pessoas abatidas, sofredoras, andrajosas ou feridas.

Certa vez, meu pai, impressionado com a minha persistência em recortar retratos do Senhor de jornais e revistas, me perguntou:

“-Chico, que nome terá Jesus no Céu?

“Eu, que estava sempre induzido pelos Amigos Espirituais, a procurar a Divina Face nos sofredores e nos infelizes, imaginei que o Senhor, sendo o conforto e a providência dos triste e dos desventurados, deveria ter no Alto um nome de luz e respondi:

“ – Meu pai, eu penso que, no Céu, Jesus se chama Alegria, pois todos os que sofrem na Terra estão esperando por Ele”.


Fonte:

BAIO, M. F. P.. A face de Jesus. Revista internacional de Espiritismo. Ano LXXXIX. Nº 11. Matão/SP. Dezembro de 2014. Páginas 569-570. 

Descrição Física e Moral de JESUS

Descrição Física e Moral de Jesus

De acordo com o Espiritismo, fora encontrada uma carta do Senador nos arquivos do Duque de Cesadini, na cidade de Roma, enviada de Jerusalém, na época de Jesus, endereçada ao imperador romano Tibério. Nela, haveria uma descrição física e moral de Jesus feita pelo senador. O teor da carta é o seguinte:

Sabendo que desejas conhecer quanto vou narrar, existindo nos nossos tempos um homem, o qual vive atualmente de grandes virtudes, chamado Jesus, que pelo povo é inculcado o profeta da verdade, e os seus discípulos dizem que é filho de Deus, criador do céu e da terra e de todas as coisas que nela se acham e que nela tenham estado; em verdade, ó César, cada dia se ouvem coisas maravilhosas desse Jesus: ressuscita os mortos, cura os enfermos, em uma só palavra: é um homem de justa estatura e é muito belo no aspecto, e há tanta majestade no rosto, que aqueles que o veem são forçados a amá-lo ou temê-lo. Tem os cabelos da cor amêndoa bem madura, são distendidos até as orelhas, e das orelhas até as espáduas, são da cor da terra, porém mais reluzentes.

Tem no meio de sua fronte uma linha separando os cabelos, na forma em uso nos nazarenos, o seu rosto é cheio, o aspecto é muito sereno, nenhuma ruga ou mancha se vê em sua face, de uma cor moderada; o nariz e a boca são irrepreensíveis.

A barba é espessa, mas semelhante aos cabelos, não muito longa, mas separada pelo meio, seu olhar é muito afetuoso e grave; tem os olhos expressivos e claros, o que surpreende é que resplandecem no seu rosto como os raios do sol, porém ninguém pode olhar fixo o seu semblante, porque quando resplende, apavora, e quando ameniza, faz chorar; faz-se amar e é alegre com gravidade.

Diz-se que nunca ninguém o viu rir, mas, antes, chorar. Tem os braços e as mãos muito belos; na palestra, contenta muito, mas o faz raramente e, quando dele se aproxima, verifica-se que é muito modesto na presença e na pessoa. É o mais belo homem que se possa imaginar, muito semelhante à sua mãe, a qual é de uma rara beleza, não se tendo, jamais, visto por estas partes uma mulher tão bela, porém, se a majestade tua, ó César, deseja vê-lo, como no aviso passado escreveste, dá-me ordens, que não faltarei de mandá-lo o mais depressa possível.

De letras, faz-se admirar de toda a cidade de Jerusalém; ele sabe todas as ciências e nunca estudou nada. Ele caminha descalço e sem coisa alguma na cabeça. Muitos se riem, vendo-o assim, porém em sua presença, falando com ele, tremem e admiram.

Dizem que um tal homem nunca fora ouvido por estas partes. Em verdade, segundo me dizem os hebreus, não se ouviram, jamais, tais conselhos, de grande doutrina, como ensina este Jesus; muitos judeus o têm como Divino e muitos me querelam, afirmando que é contra a lei de Tua Majestade; eu sou grandemente molestado por estes malignos hebreus.

Diz-se que este Jesus nunca fez mal a quem quer que seja, mas, ao contrário, aqueles que o conhecem e com ele têm praticado, afirmam ter dele recebido grandes benefícios e saúde, porém à tua obediência estou prontíssimo, aquilo que Tua Majestade ordenar será cumprido.

Vale, da Majestade Tua, fidelíssimo e obrigadíssimo…
—Publius Lentulus, Legado de Tibério na Judeia. Indizione settima, luna seconda.

domingo, 27 de maio de 2018

Possuímos o que damos

Possuímos o que damos*

É mais bem-aventurado dar do que receber. – Paulo (Atos, 20:35)

Quando alguem se refere à passagem evangélica que considera a ação de dar mais alta bem-aventurança que a ação de receber, quase todos os aprendizes da Boa-Nova se recordam da palavra “dinheiro”.

Sem dúvida, em nos reportando aos bens materiais, há sempre mais alegria em ajudar que em ser ajudado, contudo, é imperioso não esquecer os bens espirituais que, irradiados de nós mesmos, aumentam o teor e a intensidade da alegria em torno de nossos passos.

Quem dá recolhe a felicidade de ver a multiplicação daquilo que deu.

Oferece a gentileza e encorajarás a plantação da fraternidade.

Estende a benção do perdão e fortalecerás a justiça.

Administra a bondade e terás o crescimento da confiança.

Dá o teu bom exemplo e garantirás a nobreza do caráter.

Os recursos da Criação são distribuídos pelo Criador com as Criaturas, a fim de que em doação permanente se multipliquem ao infinito.

Serás ajudado pelo Céu, conforme tiveres ajudando na Terra.

Possuímos aquilo que damos.

Não te esqueças, pois, de que és mordomo da vida em que te encontras.

Cede ao próximo algo mais que o dinheiro de que possas dispor. Dá também o teu interesse afetivo, tua saúde, tua alegria e teu tempo e, em verdade, entrarás na posse dos sublimes dons do amor, do equilíbrio, da felicidade e da paz, hoje e amanhã, neste mundo e na vida eterna.

*= grifos nossos

Fonte:


Fonte Viva / pelo Espírito Emmanuel; [psicografado por] Francisco Cândido Xavier. – Brasília; FEB, 2015. 393 p.

domingo, 20 de maio de 2018

Histórias de Chico Xavier

Histórias de Chico Xavier

"(...) em 1954, um fenômeno tirou o fôlego ate mesmo dos amigos já habituados com os poderes mediúnicos de Chico Xavier.

Sua irmã Neusa estava na cama, magra, pálida, triste.

Arnaldo Rocha, Lucia e seu marido Pacheco, e Chico fizeram um círculo em torno da cama e iniciaram os passes! 

Com a luz apagada Chico rezou.

Arnaldo sentiu algo úmido leve em seus braços. Os outros tiveram a mesma sensação. 

O protegido de Emmanuel pediu que todos mantivessem as mãos a altura do peito.

Quando a luz  se acendeu, eles desvendaram o mistério: o chão, a cama e o quarto estavam repletos de pétalas de rosas!

Na manhã seguinte, Neusa desencarnou."

Fonte:

Folhetim Gotas do Bem. Ed.01. abril de 2018. [disponível em: http://allemdavidaa.blogspot.com.br/ Acesso em 20 mai. 2018]

sábado, 19 de maio de 2018

Viver em PAZ

Viver em Paz*

“Vivei em paz. – Paulo. (II Coríntios, 13:11.)

Mantém em paz.

É provável que os outros te guerreiem gratuitamente, hostilizando-te a maneira de viver; entretanto, podes avançar em teu roteiro, sem guerrear a ninguém.

Para isso, contudo – para que a tranqüilidade te banhe o pensamento - , é necessário que a compaixão e a bondade te sigam todos os passos.

Assume contigo mesmo o compromisso de evitar a exasperação.

Junto da serenidade, poderás analisar cada acontecimento e cada pessoa no lugar e na posição que lhes dizem respeito.

Repara, carinhosamente, os que te procuram no caminho...

Todos os que surgem, aflitos ou desesperados, coléricos ou desabridos, trazem chagas ou ilusões. Prisioneiros da vaidade ou da ignorância, não souberam tolerar a luz da verdade e clamam irritadiços... Unge-te de piedade e penetra-lhes os recessos do ser, e identificarás em todos eles crianças espirituais que se sentem ultrajadas e contundidas.

Uns acusam, outros choram.

Ajuda-os, enquanto podes.

Pacificando-lhes a alma, harmonizarás, ainda mais, a tua vida.

Aprendamos a compreender cada mente em seu problema.

Recorda-te que a natureza, sempre divina em seus fundamentos, respeita a lei do equilíbrio e conserva-a sem cessar.

Ainda mesmo quando os homens se mostram desvairados, nos conflitos abertos, a Terra é sempre firme e o Sol fulgura sempre.

Viver de qualquer modo é de todos, mas viver em paz consigo mesmo é serviço de poucos.


*= grifos nossos.


Fonte:


Fonte viva  / pelo Espírito Emmanuel; [psicografado por] Francisco Cândido Xavier. – 16 ed. Brasília; FEB, 1956. 415 p.

domingo, 13 de maio de 2018

As Muitas Marias






































Fora da Caridade Não Há Salvação - Instruções dos Espíritos

INSTRUÇÕES DOS ESPÍRITOS

Fora da caridade não há salvação

10. Meus filhos, na máxima: Fora da caridade não há salvação, estão encerrados os destinos dos homens, na Terra e no céu; na Terra, porque à sombra desse estandarte eles viverão em paz; no céu, porque os que a houverem praticado acharão graças diante do Senhor. Essa divisa é o facho celeste, a luminosa coluna que guia o homem no deserto da vida, encaminhando-o para a Terra da Promissão. Ela brilha no céu, como auréola santa, na fronte dos eleitos, e, na Terra, se acha gravada no coração daqueles a quem Jesus dirá: Passai à direita, benditos de meu Pai. Reconhecê-los-eis pelo perfume de caridade que espalham em torno de si Nada exprime com mais exatidão o pensamento de Jesus, nada resume tão bem os deveres do homem, como essa máxima de ordem divina. Não poderia o Espiritismo provar melhor a sua origem, do que apresentando-a como regra, por isso que é um reflexo do mais puro Cristianismo. Levando-a por guia, nunca o homem se transviará. Dedicai-vos, assim, meus amigos, a perscrutar-lhe o sentido profundo e as conseqüências, a descobrir-lhe, por vós mesmos, todas as aplicações. Submetei todas as vossas ações ao governo da caridade e a consciência vos responderá. Não só ela evitará que pratiqueis o mal, como também fará que pratiqueis o bem, porquanto uma virtude negativa não basta: é necessária uma virtude ativa. Para fazer-se o bem, mister sempre se torna a ação da vontade; para se não praticar o mal, basta as mais das vezes a inércia e a despreocupação

Meus amigos, agradecei a Deus o haver permitido que pudésseis gozar a luz do Espiritismo. Não é que somente os que a possuem hajam de ser salvos; é que, ajudando-vos a compreender os ensinos do Cristo, ela vos faz melhores cristãos. Esforçai-vos, pois, para que os vossos irmãos, observando-vos, sejam induzidos a reconhecer que verdadeiro espírita e verdadeiro cristão são uma só e a mesma coisa, dado que todos quantos praticam a caridade são discípulos de Jesus, sem embargo da seita a que pertençam. 

Paulo, o apóstolo. (Paris, 1860.)


Fonte:

KARDEC, A. Evangelho Segundo o Espiritismo. – 112. Ed. – Tradução de Guillon Ribeiro. 3ª edição francesa: revista, corrigida e modificada pelo autor em 1866. – Brasília: Federação Espírita Brasileira, 1944. 435 p.  

sábado, 12 de maio de 2018

Possuímos o que damos

Possuímos o que damos*

É mais bem-aventurado dar do que receber. – Paulo (Atos, 20:35)

Quando alguem se refere à passagem evangélica que considera a ação de dar mais alta bem-aventurança que a ação de receber, quase todos os aprendizes da Boa-Nova se recordam da palavra “dinheiro”.

Sem dúvida, em nos reportando aos bens materiais, há sempre mais alegria em ajudar que em ser ajudado, contudo, é imperioso não esquecer os bens espirituais que, irradiados de nós mesmos, aumentam o teor e a intensidade da alegria em torno de nossos passos.

Quem dá recolhe a felicidade de ver a multiplicação daquilo que deu.

Oferece a gentileza e encorajarás a plantação da fraternidade.

 Estende a benção do perdão e fortalecerás a justiça.

Administra a bondade e terás o crescimento da confiança.

Dá o teu bom exemplo e garantirás a nobreza do caráter.

Os recursos da Criação são distribuídos pelo Criador com as Criaturas, a fim de que em doação permanente se multipliquem ao infinito.

Serás ajudado pelo Céu, conforme tiveres ajudando na Terra.

Possuímos aquilo que damos.

Não te esqueças, pois, de que és mordomo da vida em que te encontras.

Cede ao próximo algo mais que o dinheiro de que possas dispor. Dá também o teu interesse afetivo, tua saúde, tua alegria e teu tempo e, em verdade, entrarás na posse dos sublimes dons do amor, do equilíbrio, da felicidade e da paz, hoje e amanhã, neste mundo e na vida eterna.

*= grifos nossos

Fonte:


Fonte Viva / pelo Espírito Emmanuel; [psicografado por] Francisco Cândido Xavier. – Brasília; FEB, 2015. 393 p.

quinta-feira, 10 de maio de 2018

Ave Maria

Espírito: Auta de Souza
Psicografia: Francisco Candido Xavier



Ave Maria

Ave Maria! Senhora
Do amor que ampara e redime,
Ai do mundo se não fora
A vossa missão sublime!

Cheia de graça e bondade
É por vós que conhecemos
A eterna revelação
Da vida em seus dons  supremos.

O Senhor sempre é convosco
Mensageira da ternura,
Providência dos que choram
Nas sombras da desventura.

 Bendita sois vós, Rainha!
Estrela da Humanidade.
Rosa mística da fé,
Lírio puro da humildade!

Entre as mulheres sois vós
A Mãe das mães desvalidas,
Nossa porta de esperança,
E Anjo de nossas vidas!

Bendito o fruto imortal
Da vossa missão de luz,
Desde a paz da Manjedoura,
Às dores, além da Cruz.

Assim seja para sempre,
Oh! Divina Soberana,
Refúgio dos que padecem
Nas dores da luta humana.

Ave Maria! Senhora
Do amor que ampara e redime,
Ai do mundo se não fora
A vossa missão sublime!



Fonte:

Parnaso de além-túmulo: (poesias mediúnicas): [psicografado por] – Francisco Cândido Xavier – 19. Ed. – 2ª reimpressão – Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira, 2010. 704 p.  

sábado, 5 de maio de 2018

O cego de Jericó

O cego de Jericó*

Dizendo: - Que queres que te faça? – E ele respondeu: - Senhor, que eu veja. (Lucas, 18:41.)
           
O cego de Jericó é uma das grandes figuras do ensinamento evangélico.

Informa-nos a narrativa de Lucas que o infeliz andava pelo caminho, mendigando... Sentindo a aproximação do Mestre, põe-se a gritar, implorando misericórdia.

Irritam-se os populares, em face de tão insistentes rogativas. Tentam impedi-lo, recomendando-lhe calar as solicitações. Jesus, contudo, ouve-lhe a súplica, aproxima-se dele e interroga com amor:

- Que queres que te faça?

À frente do magnânimo dispensador dos bens divinos, recebendo liberdade tão ampla, o pedinte sincero responde apenas isto:

- Senhor, que eu veja!

O propósito deste cego honesto e humilde deveria ser o nosso em todas as circunstâncias das vida.

Mergulhados na carne ou fora dela, somos, às vezes, esse mendigo de Jericó, esmolando às margens da estrada comum. Chama-nos a vida, o trabalho apela para nós, abençoa-nos a luz do conhecimento, mas permanecemos indecisos, sem coragem de marchar para a realização elevada que nos compete atingir. E, quando surge a oportunidade de nosso encontro espiritual com o Cristo, além de sentirmos que  o mundo se volta contra nós, induzindo-nos à indiferença, é muito raro sabermos pedir sensatamente.  

Por isso mesmo, é muito valiosa a recordação do pobrezinho mencionado no versículo de Lucas, porquanto não é preciso que compareçamos diante do Mestre com volumosa bagagem de rogativas. Basta que lhe peçamos o dom de ver, com a exata compreensão das particularidades do caminho evolutivo. Que o Senhor, portanto, nos faça enxergar todos os fenômenos e situações, pessoas e coisas, com amor e justiça, e possuiremos o necessário à nossa alegria imortal.


*= Grifos nossos

Fonte:


Caminho, verdade e vida / pelo Espírito Emmanuel; [psicografado por] Francisco Cândido Xavier. – 29 ed. – 1 imp. – Brasília; FEB, 2015. 393 p.

sexta-feira, 4 de maio de 2018

Questão 627 do Livro dos Espíritos

627. Uma vez que Jesus ensinou as verdadeiras leis de Deus, qual a utilidade do ensino que os Espíritos dão? Terão que nos ensinar mais alguma coisa?

“Jesus empregava amiúde, na sua linguagem, alegorias e parábolas, porque falava de conformidade com os tempos e os lugares. Faz-se mister agora que a verdade se torne inteligível para todo mundo. Muito necessário é que aquelas leis sejam explicadas e desenvolvidas, tão poucos são os que as compreendem e ainda menos os que as praticam. A nossa missão consiste em abrir os olhos e os ouvidos a todos, confundindo os orgulhosos e desmascarando os hipócritas: os que vestem a capa da virtude e da religião, a fim de ocultarem suas torpezas. O ensino dos Espíritos tem que ser claro e sem equívocos, para que ninguém possa pretextar ignorância e para que todos o possam julgar e apreciar com a razão. Estamos incumbidos de preparar o reino do bem que Jesus anunciou. Daí a necessidade de que a ninguém seja possível interpretar a lei de Deus ao sabor de suas paixões, nem falsear o sentido de uma lei toda de amor e de caridade.”





Fonte: KARDEC, Allan. Livro dos Espíritos. Tradução de Guillon Ribeiro. 76ª ed. 1944. FEB.

Bens externos

Bens externos*

A vida de um homem não consiste na abundância das coisas que possui. – Jesus. (Lucas, 12:15.)

“A vida de um homem não consiste na abundância das coisas que possui.”

A palavra do Mestre está cheia de oportunidade para quaisquer círculo de atividade humana, em todos os tempos.

Um homem poderá reter vasta porção de dinheiro. Porém que fará dele?

Poderá exercer extensa autoridade. Entretanto, como se comportará dentro dela?

Poderá dispor de muitas propriedades. Todavia, de que modo utiliza os patrimônios provisórios?

Terá muitos projetos elevados. Quantos edificou?

Poderá guardar inúmeros ideais de perfeição. Mas estará atendendo os nobres princípios de que é portador?

Terá escrito milhares de páginas. Qual a substância de sua obra?

Contará muitos anos de existência no corpo. No entanto, que fez do tempo?

Poderá contar com numerosos amigos. Como se conduz perante as afeições que o cercam?

Nossa vida não consiste da riqueza numérica de coisas e graças, aquisições nominais e títulos exteriores. Nossa paz e felicidade depende do uso que fizermos, onde nos encontramos hoje, aqui e agora, das oportunidades e dons, situações e favores, recebidos do Altíssimo.

Não procures amontoar levianamente o que deténs por empréstimo. Mobiliza, com critério, os recursos depositados em tuas mãos.

O Senhor não te identificará pelos tesouros que ajuntastes, pelas bênçãos que retiveste, pelos anos que viveste no corpo físico. Reconhecer-te-á pelo emprego dos teus dons, pelo valor de tuas realizações, e pelas obras que deixaste, em torno dos próprios pés.


*= grifos nossos.


Fonte:


Caminho, verdade e vida / pelo Espírito Emmanuel; [psicografado por] Francisco Cândido Xavier. – 29 ed. – 1 imp. – Brasília; FEB, 2015. 393 p.

Súplica da Criança

Espírito: MEIMEI
Psicografia: FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER
Livro: Antologia da criança  – Editora IDEAL


SÚPLICA DA CRIANÇA*

SENHOR!...

Disseram os homens que me queriam tanto, mas ao atingir-lhes a casa, não dialogaram comigo, segundo as minhas necessidades.

Quase todos me ofereceram um berço enfeitado, mas poucos me deram o coração.

Afirmam que devo procurar a felicidade, entretanto, não sei como fazer isso, se os vejo a quase todos sofrendo e rebelando-se por não aceirarem as disciplinas da vida.

Escuto-lhes as lições de paz, contudo, acompanho-lhes as rixas em vista de estarem sempre exigindo o maior quinhão de recursos da Terra.

Recomendam-me buscar a alegria, mas, muitas vezes, observo que está misturado de lágrimas o leite que me estendem.

Erguem palácios para mim, no entanto, entre as paredes dessas mansões coloridas e belas, renovam, a cada dia, reclamações e queixas que não sei compreender, nem registrar.

Explicam que preciso praticar o perdão e, ao mesmo tempo, muitos me mostram como exercitar a vingança.

SENHOR!...

Que será de mim, neste grande mundo que construíste entre as estrelas, sempre adorando de flores e aquecido de Sol, se os homens me abandonarem?

Fazei que eles reconheçam que dependo deles como o fruto depende da árvore. E, tanto quanto seja possível, dize-lhes, SENHOR, que terei comigo apenas o que me derem e que posso ser, enquanto estiver aqui, unicamente o que eles são.  


* = grifos nossos

quarta-feira, 2 de maio de 2018

Procuremos com zelo

Procuremos com zelo*

“Procurai com zelo os melhores dons e eu vos mostrarei um caminho ainda mais excelente.”
- Paulo. (I Coríntios, 12:31)

A ideia de que ninguém deve procurar aprender e melhorar-se para ser mais útil à Revelação divina é muito mais uma tentativa de consagração à ociosidade que um ensaio de humildade incipiente.

A vida é curso avançado de aprimoramento, por meio do esforço e de luta, e se a própria pedra deve sofrer o burilamento para refletir a luz, que dizer de nós mesmos, chamados, desde agora, a exteriorizar os recursos divinos?

Ninguém interrompa o serviço abençoado da sua educação, a pretexto de cooperar com o Céu, porque o progresso é um comboio de rodas infatigáveis que relega para trás os que se rebelam contra os imperativos da frente.

É indispensável avançar com a melhoria conseqüente de tudo o que nos rodeia.

E o Evangelho não endossa qualquer atitude de expectativa displicente.

A palavra de Paulo é demasiado significativa.

Dirigindo-se aos coríntios, o Apóstolo da gentilidade exorta-os a procurarem com fervor os melhores dons.

É imprescindível nos disponhamos a adquirir as qualidades mais nobres de inteligência e coração, sublimando a individualidade imperecível.

Cultura e santificação, por meio do trabalho e da fraternidade, constituem dever para todas as criaturas.

Autoaperfeiçoamento é obrigação comum.

Busquemos, zelosos, a elevação de nós mesmos, assinalando a nossa presença, seja onde for, com as bênçãos do serviço a todos, e tão logo estejamos integrados no esforço digno, dentro da ação pessoal e incessante no bem, o Alto nos descortinará mais iluminados caminhos para a ascensão.


*= grifos nossos


Fonte:


Fonte Viva / pelo Espírito Emmanuel; [psicografado por] Francisco Cândido Xavier. – 16 ed. – Brasília; FEB, 1988. 416 p.