Casos de Chico Xavier
“Desde
criança, a figura do Cristo me impressiona. Ao perder minha mãe, aos cinco
janeiros de idade, conforme os ensinamentos que ela nos havia dado, acreditei n´Ele,
na certeza de que Ele me sustentaria. Conduzido a uma casa estranha na qual
encontrei muitas dificuldades para continuar vivendo, lembrava-me dele, na
convicção de que ele era um amigo poderoso e compassivo, que me enviaria
recursos de resistência.
“Ao ver minha
mãe desencarnada, em Espírito, pela primeira vez, com o cérebro infantil sem qualquer
conhecimento dos conflitos religiosos que dividem a humanidade, pedi a ela me abençoasse
segundo o nosso hábito em família e lembro-me perfeitamente do que perguntei:
“ – Mamãe,
foi Jesus que mandou a senhora me buscar?
“ Ela sorriu
e respondeu:
“ – Foi sim,
mas Jesus deseja que vocês, os meus filhos espalhados, ainda fiquem me
esperando...
“A referência
a Jesus sempre me tranqüilizava. Ele sempre esteve em minhas lembranças como um
protetor amoroso e bom, não desaparecido, não longe, mas sempre perto, não indiferente
aos nossos obstáculos humanos e sim cada vez mais atuante e vivo!
“A face de Jesus!...
Desde a escola primária perguntava a mim mesmo como seria o semblante d´Ele, o
Benfeitor Incomparável! Muito cedo, caminhei para a mediunidade e indagava dos
Espíritos Amigos como seriam os traços fisionômicos do Senhor. Os Benfeitores
Espirituais me determinavam procurá-Lo nas crianças doentes e desamparadas e
nas pessoas abatidas, sofredoras, andrajosas ou feridas.
“Certa vez, meu pai, impressionado com a
minha persistência em recortar retratos do Senhor de jornais e revistas, me
perguntou:
“-Chico, que
nome terá Jesus no Céu?
“Eu, que
estava sempre induzido pelos Amigos Espirituais, a procurar a Divina Face nos
sofredores e nos infelizes, imaginei que o Senhor, sendo o conforto e a
providência dos triste e dos desventurados, deveria ter no Alto um nome de luz
e respondi:
“ – Meu pai,
eu penso que, no Céu, Jesus se chama
Alegria, pois todos os que sofrem na Terra estão esperando por Ele”.
Fonte:
BAIO, M. F. P..
A face de Jesus. Revista internacional de Espiritismo. Ano LXXXIX. Nº 11.
Matão/SP. Dezembro de 2014. Páginas 569-570.



































