domingo, 6 de março de 2022

Palestra Evangélica Doutrinária com o Tema "NÃO VADES AOS GENTIOS"

Este texto é uma transcrição da Palestra Evangélica Doutrinária ocorrida no Grupo Antonio Casaut (GAC) da Sociedade Beneficente Obreiros do Bem (SBOB) de Araraquara/SP, em 18 de fevereiro de 2022, sexta-feira, às 20h00, com o(a) Palestrante Luiz Fernando Pirola, do Centro Espírita Redenção, de Araraquara/SP.

 

Tema: Não vades aos gentios

Palestrante: Luiz Fernando Pirola

Casa Espírita: Centro Espírita Redenção

Cidade: Araraquara/SP

Modalidade: Híbrida

 

Resumo: Na quente e também linda noite da sexta-feira, no dia 18 de fevereiro de 2022, às 20h00, ocorreu mais uma Palestra Evangélica Doutrinária no Grupo Antonio Casaut (GAC) da Sociedade Beneficente Obreiros do Bem (SBOB) de Araraquara/SP. O GAC tem estudado antes do início da Palestra, o livro Pão Nosso, da série Fonte Viva, de psicografia de Chico Xavier, contendo comentários do Espírito Emmanuel ao Novo Testamento. Nesta noite, em específico, lemos o capítulo 16 do livro Fonte Viva, denominado A quem obedeces?, que foi aberto “ao acaso”, em que Emmanuel comenta o seguinte versículo da Carta de Paulo aos Hebreus: “E, sendo ele consumado, veio a ser a causa de eterna salvação para todos os que lhe obedecem.” Paulo (Hebreus, 5:9). Após a leitura e as considerações, e feita a oração, a palavra é dada à palestrante. O palestrante Luiz Fernando Pirola AGRADECE a oportunidade e diz que fomos convidados a falar sobre uma passagem de JESUS quando juntamente com seus discípulos após ter sido Ensinados como deveriam agir no desenrolar, no desenvolvimento da propagação do seu Evangelho, e está relatado no Evangelho de Mateus, cap. X, é relatado: Jesus chama os seus discípulos, e escolhendo 12 deles, porque JESUS tinha muitos discípulos e seguidores, mas chega um momento em que Ele chama 12 deles, mais próximos, aqueles que Ele sabia que tinha condições de auxiliá-lo na tarefa de propagação da Boa Nova, e ali dando algumas instruções, disse-lhes assim: Eles deveriam ir e colocar em prática aquilo que eles haviam aprendido. Seriam portadores, inclusive, de determinadas mediunidades, capazes de não somente levar o Evangelho, mas também curar as pessoas. JESUS disse assim. Que eles não deveriam ir aos gentios, nem a Samaria, mas que deveriam buscar primeiramente as ovelhas desgarradas da Casa de Israel. Isso está escrito no Evangelho de Mateus. No Evangelho de Marcos e de Lucas, só relata que JESUS chamou estes discípulos e orientou que fossem pregar, mas nem Marcos e nem Lucas fazem este relato sobre irem aos gentios ou então a Samaria. O Evangelho de João também de uma certa forma não faz nenhuma menção inclusive a chamada desses 12 apóstolos orientando para que se dividisse em dois em dois e saíssem para fazer as pregações. Muito bem. Para que possamos entender em algumas traduções na Bíblia também temos ou vamos encontrar lá que Jesus disse assim: não vades pelo caminho dos gentios. E nem a cidade da Samaria. Então, nós vemos que, dependendo da tradução, muitas vezes pode acontecer, como é normal na própria Bíblia, significados ou palavras diferentes, daquilo que JESUS fez. Outro exemplo que eu posso citar, quando JESUS foi condenado, Mateus, Marcos e Lucas relataram que JESUS carregou a própria cruz até o calvário, somente João relata que ao sair do sinédrio depois de ter sido condenado, Cirineu, uma pessoa que passando próximo de JESUS, foi constrangido a levar a cruz de JESUS. Portanto, nós vamos ver que dependendo da tradução, nós vamos encontrar palavras diferentes, mas que de uma certa forma, poderiam ou tem o mesmo significado.

 

Primeiramente gentios, a palavra gentio, vem do radical gens, que quer dizer clã ou família.  Antes, assim, poderíamos dizer, antes de Abraão ter feito a Aliança com DEUS Nosso Pai, a palavra gentil era designada como nações. Existiam muitas nações, como temos muitas nações hoje. Então, nós vamos ver na Gênese, por exemplo, no capítulo X, que a palavra gentio, por exemplo, significa nações. As nações. Por que? Passou-se após Abraão fazer o pacto, quando DEUS falou que o povo de Israel seria o povo escolhido por Ele, então, talvez, por causa do orgulho e da vaidade, os judeus, hebreus, adquiriram para si, como se fossem uma nação escolhida, somente eles seriam salvos. E na verdade Abraão escolheu entre aspas a nação israelita para seu povo porque os hebreus nós sabemos foi um povo preparado pela Espiritualidade Superior para que antes da vinda do Cristo preparasse o terreno na concepção de um DEUS único. Porque pela falta de conhecimento e de entendimento, vamos voltar um pouquinho lá atrás no inicio com o nosso relacionamento com DEUS Nosso Pai começou pelo Totemismo. As pessoas reencarnadas naquela época quando surgiam um raio, por exemplo, elas não tendo conhecimento, tratavam aquilo como sobrenatural. Existia uma força sobrenatural que produzia aquilo. Então nós começamos adorar coisas naquela época no início do nosso religamento de criatura para com o Criador através de idolatrar, adorar coisas materiais. Por exemplo, uma árvore, eles faziam um chá da folha dessa árvore. Essa folha era curativa, servia para alguma coisa. Então eles passavam a adorar aquela árvore, ela tinha um poder sobrenatural. Foi assim então que surgia as nossas adorações. Depois com o tempo caminhando nós fomos percebendo e fomos adorar outras coisas. O sol, a agua, o fogo e por aí afora. Isso aconteceu também com o povo hebreu. Antes de eles receberem a orientação através de sucessivas reencarnações a existência de apenas um único DEUS. Então, agora os hebreus foram escolhidos para levar esse conhecimento, esse entendimento para a população da existência de um único DEUS, preparando então o terreno para quando o Cristo viesse. Então, através das narrativas bíblicas nós vamos percebendo que o termo gentil passou então a ser utilizado pelos hebreus para se fazer uma separação entre eles, o povo escolhido, que acreditava em um único DEUS, seguia a risca a Torá, e os outros povos, que de uma certa forma não seguiam a Torá, não aceitavam um único DEUS. Os próprios hebreus antes de saírem de Canaã e irem para o Egito onde se tornaram escravos por mais de 400 anos, aqueles hebreus que anteriormente eram monoteístas, quando ficaram em Canaã passaram então a ser politeístas. É aí que JESUS fala: ide antes às ovelhas desgarradas de Israel. Porque? O povo hebreu se tornou idolatra devido a convivência com outros povos. Pois daí que se firmou ainda mais o termo gentio sendo todo aquele que não é cristão, não é o povo escolhido por DEUS. Isso perdurou por um bom tempo, de uma certa forma, até o tempo de JESUS, era muito rígida essa segregação, pois o povo hebreu poderia mudar de ideia devido a convivência com os pagãos, que seriam os gentios. Por isso que naquele momento, naquela parte histórica da vinda de JESUS, é que Ele coloca: NÃO VADES AOS GENTIOS.

 

Por que? Os gentios embora tenham o conhecimento de uma certa forma, eles ainda não acreditam, estão um povo idolatras. Isso nós vamos ver numa passagem em que o Doutor da Lei pergunta para JESUS quem seria ou olha a ideia deles naquela época, a pergunta Como eu faço para merecer a vida eterna? Um doutor da Lei que já trazia o conhecimento de uma vida eterna de uma vida futura e eterna. Então JESUS vai falar da Passagem do bom Samaritano. Ele não dá o nome daquele que caiu como assaltado, Ele não dá nome ao sacerdote, não dá nome para o levita nem fala de onde é, mas em relação ao samaritano que era tido como um povo de má vida, a esse sim, então o Cristo diz: QUEM FOI O PRÓXIMO DAQUELE CAÍDO? Seria o samaritano que fez o benefício daquele caído. Então o Doutor da Lei responde: aquele que usou de misericórdia para com ele. JESUS em várias passagens que Ele próprio quando vindo da Galiléia para Jerusalém Ele pára na Samaria, só para gente entender mais ou menos Samaria três estados Samaria no meio a Galiléia acima e Jerusalém embaixo; da Galiléia a Jerusalém em torno de 110 Km em linha reta. JESUS fazia esse percurso e era comum as caravana pararem em alguns lugares na Samaria e ali então foi quando ele tem a conversa com a mulher samaritana. Então JESUS de uma certa forma não excluiu ninguém da Boa Nova. Ele só estava alertando que naquele momento evitassem conversar com pessoas que não estavam querendo não estavam prontas para receber a Boa Nova, ao apóstolos não estavam preparados para isso. Isso mostra que cada um vai despertar no momento oportuno quando ele tem capacidade de absorver esses ensinamentos.

 

Cada um de nós está em um degrau da evolução. Como disse agora há pouco. Os hebreus passaram um momento de idolatrar vários deuses, mas com a sua evolução, eles passaram a um DEUS único, como também chegariam o momento de que de uma certa forma os outros também despertaria e passariam a aceitar um DEUS único. Infelizmente até hoje algumas seitas algumas religiões ainda não aceitam um DEUS único como os próprios judeus eles não aceitam a vinda de JESUS. Judeus e hebreus estão comemorando o ano 5000 antes de Cristo ainda. Para eles o Salvador, o Cristo, o Messias que estavam esperando ainda não veio. Então vai de acordo com a evolução de cada um. Então, em um determinado momento, JESUS orienta para que não se procure aquelas pessoas que não estão prontas para receber as informações.

 

Eu vou deixar alguns pontos de reflexão para depois a gente poder continuar. De uma certa forma, poderíamos nós neste momento sermos chamados de gentios. Pois não professamos a religião “cristã” e isso para os judeus e para outras religiões também. A Doutrina Espírita não é tida com bons olhos em relação a algumas seitas e religiões. Então, a lição, a mensagem que veio na noite de hoje, a quem obedeces?

 

Quanto tempo passamos sendo gentios? O Cristo os dez mandamentos chegaram 1500 anos antes do Cristo. Aí veio o Cristo e já se passaram 2000 anos e sobra uma pergunta para nós? Será que ainda não estamos sendo gentios??? Não estamos aceitando verdadeiramente os Ensinamentos do Cristo? Fazendo tudo aquilo que Ele nos ensinou? Então, de uma certa forma, JESUS mostra que todo mundo tem o tempo, tem a hora para o seu despertamento; tanto é que quando “aquele” apóstolo que não conviveu com JESUS estava preparado para ir de encontro no mesmo nível de intelectualidade e de conhecimento, ir de encontro aos gentios seria Saulo de Tarso, que depois mudou o nome para Paulo de Tarso; ele estava pronto, estava preparado. Tanto é que o Cristo encontrou com ele nas portas de Damasco, disse: não recalcitres contra os aguilhões. Você tem uma tarefa a fazer. Você está querendo ir contra esta tarefa. “Acorda para a vida, não é verdade”. Foi assim mais ou menos que ele falou para Paulo de Tarso nas portas de Damasco. De uma certa forma, ele nesse encontro com o Cristo foi buscar conhecimento junto com os discípulos que conviveram com JESUS, passou então a ir de encontro aos gentios. Foi o apóstolos que mais criou igrejas, fundou igrejas cristãs e foi responsável por ir à Grécia, falar em Atenas, porque ele conviveu lá, ele estudou em Atenas, ele falava o grego frequentemente. Portanto, ele no momento certo foi, como disse o próprio Cristo, o vaso escolhido por Ele para ser então aquele que levaria a Boa Nova aos “gentios”, a outras nações.

 

Então, ele fundou em Corinto, em Creta, em várias cidades ele criou instituições cristãs. E depois então nós vamos buscar no Evangelho de Marcos, cap. XVI, se não me engano versículos 15 em diante, quando JESUS após o seu desencarne, primeiramente ele apareceu a Maria de Magdala, pelo caminho mais dois apóstolos, e marcou um encontro então com os outros apóstolos. E nesse encontro então aí JESUS disse: ide e pregai a todas as criaturas.

 

Nesse momento JESUS então depois de ter bem instruído, passou-se um tempo depois da primeira orientação a esta passou-se um tempo, e aí então, vendo-os mais fortalecidos, o Cristo disse: olha, vocês podem agora ir pregar a todas as criaturas. Até teve um diálogo entre JESUS e os seus discípulos: mas MESTRE, as pedras não são criaturas? As árvores não são criaturas? Os animais não são criaturas? Aí o Cristo faz uma alusão que eles encontrariam todo tipo de criatura quando eles fossem pregar a Boa Nova.

 

Isso está bem esclarecido na Parábola do Semeador. Quando a palavra caiu e ela foi “comida” pelos pássaros. Ou quando caiu no meio das pedras, brotou e secou porque não tinha raízes. Ou então quando foi sufocada no meio dos espinhos. E finalmente quando essa boa semente caiu em terreno fértil, até 100 por um rendeu essa palavra.

 

Então, de uma certa forma, o CRISTO não tinha preconceito com ninguém, tanto é que em várias passagens, inclusive naquela passagem que Ele curou vários leprosos de uma vez só, se não me engano, 11 leprosos ou 12 leprosos, no relato bíblico diz que o único que agradeceu foi um samaritano. Os outros não agradeceram e alguns até desdenharam do MESTRE, como Zeconias, que o encontrou no meio de umas figueiras, e de uma certa forma, mesmo tendo sido curado, Zeconias acabou desdenhando do MESTRE.

 

Então é isso que nós, como reflexão da noite, eu deixo para todos nós, uma reflexão. Estamos aqui, lemos um pouco, conhecemos um pouco, e dentro desse capítulo do Evangelho, não coloqueis a candeia sob a mesa, e sim sob o candeeiro, cabe a cada um de nós que vamos acendendo uma pequena lâmpada de conhecimento, de entendimento, irmos pregarmos a todos as criaturas.

 

Hoje existem gentios??? Aos milhares, pessoas que não acreditam nos Ensinamentos do Cristo. São pessoas de outras seitas, de outras religiões, enfim, a todas elas devemos o nosso respeito, a nossa aceitação e a nossa compreensão. Por isso é que existem várias seitas e religiões. Porque cada um de nós se encontra em um determinado degrau de evolução. Então para cada uma delas tem um entendimento tem uma aceitação uma compreensão. E a todos nós devemos o nosso respeito, porque de uma certa forma, quanto maior o nosso conhecimento consequentemente maior a nossa responsabilidade em levar adiante aquilo que o Nosso MESTRE nos ensinou.

 

Passamos pela fase de gentio. Não resta a menor dúvida. Passamos pelo endurecimento do coração. A noite de São Bartolomeu, as Cruzadas e por aí afora. Quanta “noite” nós passamos na “escuridão”. Ou seja, longe da luz do Nosso MESTRE. Hoje estamos despertando novamente para aqueles Ensinamentos de JESUS e cabe a cada um de nós sabermos dosar aquilo que nós levar para o nosso próximo. Devemos levar??? Não resta a menor dúvida. Tá escrito lá no Evangelho de Marcos, capítulo XVI: ide e pregai o Evangelho a toda a criatura. Nós vemos isso dentro do nosso próprio lar. Nós temos um que é espírita, um que é católico, um que não processa nenhuma seita ou religião. Nós temos que aprender a conviver com cada um deles. Nós devemos sim, a hora que perguntarem alguma coisa, sabermos bem responder e bem orientar aquele, para que um dia, semente plantada, ela possa vir a brotar. Que a PAZ DE NOSSO JESUS, NOSSO MESTRE, POSSA CONTINUAR SEMPRE PRESENTE EM NOSSOS CORAÇÕES.    

Palestra Evangélica Doutrinária com o Tema "ORAÇÃO, A LUZ QUE ILUMINA O CAMINHO"

Este texto é uma transcrição da Palestra Evangélica Doutrinária ocorrida no Grupo Antonio Casaut (GAC) da Sociedade Beneficente Obreiros do Bem (SBOB) de Araraquara/SP, em 11 de fevereiro de 2022, sexta-feira, às 20h00, com o(a) Palestrante Carlos Alberto, da Associação Beneficente Luz e Caridade, de Santa Lucia/SP.

 

Tema: Oração, a Luz que Ilumina o Caminho

Palestrante: Carlos Alberto

Casa Espírita: Associação Beneficente Luz e Caridade

Cidade: Santa Lúcia/SP

Modalidade: Híbrida

 

Resumo: Na chuvosa, mas de uma chuva amena, e também linda noite da sexta-feira, no dia 11 de fevereiro de 2022, às 20h00, ocorreu mais uma Palestra Evangélica Doutrinária no Grupo Antonio Casaut (GAC) da Sociedade Beneficente Obreiros do Bem (SBOB) de Araraquara/SP. O GAC tem estudado antes do início da Palestra, o livro Pão Nosso, da série Fonte Viva, de psicografia de Chico Xavier, contendo comentários do Espírito Emmanuel ao Novo Testamento. Nesta noite, em específico, lemos o capítulo 153 do livro Fonte Viva, denominado Ouçamos, que foi aberto “ao acaso”, em que Emmanuel comenta o seguinte versículo de Marcos: “E logo os chamou” (Marcos, 1:20). Após a leitura e as considerações, e feita a oração, a palavra é dada à palestrante. O palestrante Carlos Alberto inicia agradecendo a oportunidade de estar conosco, e a oportunidade de poder falar sobre o Evangelho de JESUS, de estar novamente no Grupo do saudoso Antonio Casaut, o convite da Casa. Roga a inspiração do Alto para falar com dignidade deste tema. É um tema comum. Em qualquer Templo Religioso se fala deste tema. E por ser um tema comum nós não damos o devido valor a ele. Nós não valorizamos ele. Não nos aprofundamos nele. E ele de fato é uma Luz que ilumina a nossa caminhada. A oração não resolve o nosso problema, mas ajuda a resolver. E nos dias de hoje, em que vivemos, frequentemente, o planeta Terra, na sociedade humana, nós não podemos deixar de lado este tema. Então nós estamos vivendo dias difíceis. É como se nós estivéssemos vivendo uma verdadeira guerra. Não é uma guerra assim armada. Aliás, sabemos que parte da sociedade humana, há conflito. [Pessoas] que se prestam ao conflito. Mas maior que este conflito, é o conflito do cotidiano que nós estamos vivendo. Conflitos esses de revolta, situações belicosas de ódio, de ira, de raiva, de exacerbação do orgulho, da vaidade, do preconceito, as criaturas querem as coisas mas do seu jeito, a sua maneira, naquele momento, e muitas vezes para isso passam por cima uns dos outros, não estamos nos respeitando, estamos perdendo as estribeiras nas circunstâncias e situações. 

 

Diante deste cenário, que é um cenário difícil, e diga-se de passagem, que este cenário já era previsto para todos nós, JESUS há mais de 2000 anos atrás falava que o tempo viria e que situações iriam ficar muito difíceis, e Ele utilizou expressões fortes, em que a gente caminha e nem olhe para trás, então neste momento que devemos apropriar deste tema tão importante. Desse instrumento que a vida faculta a todos nós. Não tem quem não possa, não tem quem não deva se apropriar deste instrumento, porque aqueles que já venceram a fronteira da culpa, aqueles que já apropriaram de elementos evolutivos, ele se apropriam da ORAÇÃO. Vide exemplo JESUS. Quantas vezes JESUS parava e orava. Aliás, Ele nos ensinou a orar. O Léo acabou de fazer a oração do PAI NOSSO, a oração dominical. Aonde se tem uma síntese daquilo que a criatura precisa para viver bem consigo, bem com o seu semelhante e bem com as leis que regem as nossas vidas. Leis essas que foram estabelecidas pelo Pai. Esse Pai que é de Amor, não é padrasto. E que dá aquilo que nós necessitamos: o nosso progresso para o nosso próximo.   

 

Portanto, este tema é de fundamental importância. Não é importante para eu saber se existe vida após a morte; não é preciso saber tantas teorias, mas é imprescindível se apropriar da ORAÇAÕ. E também se apropriar da oração não é de qualquer jeito. Porque não é qualquer oração que vai atingir o céu de DEUS. PORQUE a grande maioria das orações que nós fazemos não passa do céu da boca de cada um de nós. Então, a primeira pergunta que podemos fazer: o que é a prece? E os ensinamentos espíritas vão nos dizer que a prece é uma invocação, onde através do pensamento se entra em contato com o ser superior. O que é uma invocação? Uma invocação, queridos amigos(as) é um chamamento. É o buscar entrar em contato. Vamos tentar materializar isso o que acabamos de falar. Eu sou do tempo ainda que os nossos aparelhos radiofônicos possuíam aquele botão que nós chamávamos de dial. Hoje é tudo tech. É tudo mais rápido. E a gente ficava procurando a sintonia da rádio que a gente queria ouvir. Muitas vezes passava, outras vezes ficava perto... Então, a oração é isso, é entrar nessa invocação de alcançar a frequência daquela determinada emissora. Então, todos nós temos uma frequência; assim como temos uma digital, que é própria de cada um de nós, independente se estamos na matéria ou fora da matéria, todos nós temos uma frequência. Então, o que é a prece? É essa invocação dessa frequência, desse ser, que pode estar no corpo, do material, ou fora do material; mas quando a gente faz essa pergunta, o que é a prece, surge logo outras; como essa ação acontece? Porque eu falei, é o pensamento, a prece é uma invocação; mas como que é essa ação da prece acontece?

 

Imaginemos que nós estivéssemos mergulhados num fluido e esse fluido é o meio de ligação entre as criaturas, sejam elas encarnadas ou desencarnadas, a materializar; vamos pensar que todos nós estivéssemos mergulhados no oceano, fossemos peixinhos, através da água do oceano, um peixinho quer falar com o outro peixinho, então é só ele emitir um determinado sinal e a água que é o fluido, que envolve a todos, vai alcançar aquele determinado peixinho, que nós estamos envolvendo. Voltando para nós, a atmosfera, tem um fluido, que na Doutrina Espírita nós chamamos de fluido universal. É esse fluido que nós não vemos do qual nos constitue. É ele que faz a ligação. É através dele que o nosso querer, que a nossa vontade, que o nosso pensamento, que o nosso sentimento alcança determinada frequência daquele individuo ou daquele grupo de indivíduos; mas essa ação é de qualquer jeito? Basta eu querer sintonizar com o Leo, por exemplo? É de qualquer jeito eu sintonizo com o Leo? Não... Esse fluido recebe uma impulsão da vontade, daquele que está emitindo, de onde está partindo a prece. Então existe a impulsão da vontade, o desejo. É claro que começamos a perceber que quanto maior a capacidade de impulsão e de vontade, mais fácil, mais rápido de atingir o objetivo; é por isso que a prece para alcançar figuradamente o Céu de DEUS, ela precisa ter características: de fervor, de sinceridade, e estar baseada no sentimento, no coração.

 

Tem um amigo nosso que já partiu para o mundo espiritual e quando ele abordava este tema, a prece, inclusive, ele frequentou há muito tempo atrás, chegando até a ser dirigente, de uma das atividades da SBOB. Estou falando do querido e saudosa lembrança Rui Gibim. Ele, quando falava deste tema, para explicar para todos nós, ele dizia: pensa que a prece é o carro, e que o motorista é a vontade, é o desejo, é o fervor, é a sinceridade e o combustível é o sentimento; quando tudo isso se junta, direcionado, alcança o objetivo. Então essa é a maneira lúdica que o nosso querido Profº Rui Gibim para falar a respeito da prece.

 

A prece funciona desde que ela seje exercida com fervor, com sinceridade, com coração. Uma outra pergunta que pode surgir para todos nós é qual é o caráter da prece? Ou seja, qual é o objetivo da prece? Se nós formos procurar no LIVRO DOS ESPÍRITOS, os Espíritos respondem essa pergunta de uma maneira magistral. É a pergunta 659 do L.E. Entre tantas coisas que os Espíritos dizem, nessa pergunta e resposta, eles colocam que através da prece nós podemos agradecer, louvar e pedir. Olha que coisa linda!!! Nós podemos agradecer, pedir e louvar. Agradecer eu acho que só alguns que agradecem. Pedir eu acho que todo mundo pede... Agora louvar eu acho que são muito poucas as criaturas que louvam através da prece. E por que isso meus queridos(as) irmãos??? Porque nós não sabemos pedir. Nós não nos lembramos de agradecer. Quem não sabe pedir não sabe agradecer não vai saber louvar. Então o louvar através da prece é para aqueles que já sabem pedir; já sabem agradecer; para se colocar em louvor a majestade divina que é doador de tudo e de todos. Vamos aqui falar um pouquinho a respeito desse agradecer, desse pedir e desse louvar. Eu vou começar com o pedir. O que é que devemos pedir na prece? Ah!!!! Eu quero pedir pra ganhar na mega-sena, para ganhar alguns milhões... Eu quero pedir para ter facilidade nos meus negócios, no meu ambiente de trabalho. Eu quero pedir para que a sorte me favoreça em todas as situações... SERÁ que estou pedindo direito?? Será que convém eu pedir isso???? Não... meus queridos... não é isso que se pede na prece... até outro dia nós estávamos na Casa Espírita antes da pandemia, e na nossa Casa Espírita que estamos frequentando, nós temos um Caderno de Vibrações e de Preces... Então, de vez em quando, nós damos uma olhada nos pedidos de frequentadores e simpatizantes da Casa. Então, tinha lá, eu acredito ser uma senhora, estava lendo o pedido e ela tem 5 casas de aluguel, e 2 dos inquilinos que ela tem, deixou a casa; então ela tava pedindo para os Espíritos fazer a gentileza de arranjar novos inquilinos para as casas dela. Então, meus queridos, não que os Espíritos não irão ajudar, mas não é esse o tipo de pedido, das coisas terrenas, das coisas materiais, dessas coisas ilusórias que eles nos ajudar, que a Divina Providência se propõe a nos ajudar, não é esse o tipo de pedido. Não que eles não nos ajudem, mas não é essa a essência do pedido. O que é que nós devemos pedir? Porque se a gente parar e olhar o aspecto material a gente temos tudo. O tudo que estou falando não é dinheiro no banco, não é automóvel novo, não é isso ou aquilo. Mas nós devemos pedir é oportunidade de alcançar essas coisas. Nós precisamos nos lembrar de pedir, por exemplo, paciência, resignação, perdão; como é difícil a gente perdoar... Então, pedir a Divina Providência que nos faculte essa condição de entendimento, de compreensão, de perdoar. De ter calma com as situações e circunstâncias que a gente tá vivendo. Saber viver em comunhão com aqueles que não comungam com a mesma forma de pensar e agir com a gente; pedir para sermos mais resignados com aquilo que não se pode movimentar na vida; porque tem coisas que nós conseguimos mudar; mas tem coisas que nós não conseguimos mudar; e porque isso, alguém pode estar perguntando... Porque nós somos seres reencarnados. O que significa isso? Que nós já estivemos outras reencarnações. Nessas outras reencarnações nem sempre nós procedemos bem. E se nós não procedemos bem, nós estamos em debito com as nossas consciências. E a vida oferece novas oportunidades para ressarcir aquilo que não fizemos bem. Então, tem circunstâncias no mundo espiritual que nós pedimos para vir à Terra um nova oportunidade para passar; agora aqui, através da prece, eu quero mudar o que eu tratei com os amigos Espirituais. Os benfeitores que advogaram, que ajudaram para que pudéssemos estar de volta a Terra; então, tem coisas que conseguiremos mudar, e tem coisas que nós teremos que passar. E para aquilo que teremos de passar teremos de utilizar as virtudes. Da virtude como diz o Sermão da Montanha... da humildade, da paciência, da resignação, da abnegação, da coragem de passar pela atual circunstância, porque a situação vai nos trazer algum aprendizado, algum desenvolvimento no seu aspecto espiritual, no seu aspecto psicológico, no seu aspecto moral; e que esses recursos valem muito mais que um carro novo, que uma casa, dinheiro no banco, roupas bonitas ou pedir para casar com aquele ou com aquela, então é isso que a Divina Providência espera que a gente peça; poucos ou raros são aqueles que pedem a oportunidade de trabalho no BEM; poucos são aqueles que sabem pedir diante de uma situação difícil, pedir coragem para enfrentar ela, pedir lucidez e discernimento para saber o que convém do que não convém diante daquilo que é certo ou errado.

 

Portanto, se a gente parar para pensar, olha como não sabemos nos utilizar da prece, porque tudo aquilo que se pede na prece, nós vamos ver daqui há pouco, é-nos concedido, mas de acordo com aquilo que for nos fazer bem, que for nos impulsionar para melhor; então, pedir coisas que vão nos apropriar e nos favorecer no aspecto moral, no aspecto espiritual; é esse tipo de pedido ao qual os Amigos Espirituais estão atentos a ouvir...

 

Mas e o agradecer... Será que a gente pára para agradecer os benefícios que a gente recebe??? Será que a gente tem benefícios para agradecer???

 

Olha queridos(as) se nós parássemos para analisar, a gente não tem que pedir nada, a gente SÓ TEM QUE AGRADECER...

 

Quer ver uma coisa que a gente não pára para agradecer...?? O corpo são e perfeito... Quantos benefícios o corpo são nos favorece?? E quantas vezes nós nos pomos a estragar o equilíbrio do nosso corpo... Fazendo coisas indevidas, alimentando vícios e paixões... O corpo físico... Vamos agradecer... E quem tem o corpo doente???? Vamos agradecer, pois cada um tem o corpo que merece... A gente já parou para pensar e agradecer o lar que nos acolhe... Que nos abriga das intempéries... Da chuva, do frio, e muitas vezes dos excessos de calor, nos protege de inúmeras situações e circunstâncias... Já paramos para pensar em agradecer o trabalho que nós temos????? O meio que a gente tem de angariar recursos para que a gente possa se refazer... Já paramos para agradecer o alimento na mesa??? Tudo bem que não é um banquete... Mas é aquilo que temos para nos alimentar, para nos manter o corpo saudável... E quantos queridos(as) não tem isso??? Não tem o que comer... Não tem onde morar...

 

Eu em particular tem uma coisa que eu gosto, eu adoro... É eu chegar de um dia de labuta, como eu fiz há instantes atrás, eu poder entrar num banheiro higienizado, poder abrir um chuveiro e a água cair no corpo levando o cansaço do dia... Que coisa mais maravilhosa... Quanta gente não pode fazer isso... Quanta gente....

 

Então, só nisso, quanto a agradecer...

 

Nós já paramos para agradecer, por exemplo, a chuva que cai??? O Sol que brilha??? Os pássaros que cantam??? A semente que germina??? Os Espíritos que reencarnam através de uma gestação??? Já paramos para pensar???? Já paramos para pensar em tantas outras dádivas que estão à disposição de cada um de nós??? E que nada é cobrado de nós... Já paramos para agradecer esse momento de comunhão... De poder estar aprendendo as coisas de JESUS através da Doutrina Espírita?????? Ensinamentos esses que valem muito mais do que qualquer faculdade do planeta??? Porque os ensinamentos de uma faculdade são específicos. Vai nos dar condição de ganhar os meios materiais mas nos ensinamentos que nós aprendemos por exemplo, na Casa Espírita, são ensinamentos transcendentais, que nos ajuda no aqui e agora, e depois do aqui e agora... Já paramos para pensar?? Apesar da pandemia que nós estamos vivendo nós temos os meios tecnológicos que nos põem em contato?? Já paramos para agradecer???/ Já paramos para agradecer um amigo que nos socorre? Amigos encarnados e amigos desencarnados... Porque todos nós temos um anjo de guarda... O Leo antes de nos chamar, de passar a palavra, ele nos disser: que o seu Anjo de Guarda te proteja, te envolva de luz; todos nós temos...

 

Mas nem sempre nos colocamos à disposição de estar em contato, em sintonia com DEUS, através do pensar e do sentir. Portanto, quanta coisa a agradecer...

 

E o louvar???... Só vou lembrar de uma coisa que nós precisamos louvar: o louvar a questão do existir. Louvar `a Divina Providência o existir... E existir leis que nos impulsionam ao progresso e à evolução... O existir é tão importante, é tão importante, é tão importante para todos nós, que ninguém jamais vai nos tirar. Nem nós mesmos somos capazes de tirar de nós o direito, o dever de existir. Nós tivemos um ponto de partida mas não temos um ponto de chegada. Quanto mais nós crescemos em progresso e evolução, mais terá o que progredir e evoluir. Para que possamos reinar com o doador da vida, que é DEUS. A Doutrina Espírita nos informa que é a Inteligência Suprema, causa primária de todas as coisas. E Ele nos criou e nos criou para todo o sempre. Por mais que a gente se perca, nós sempre teremos a oportunidade de nos acharmos para alcançar a destinação para a qual estamos predestinados. E que não tem jeito de nós não alcançarmos. O mais rápido e o menos rápido vai depender do nosso esforço íntimo. Da nossa vontade, da nossa coragem, de nós entendermos esse mecanismo que rege as nossas vidas, de nos colocarmos em consonância com Ele para seguir e para ir adiante.

 

Então, qual é o caráter da prece? Pedir, agradecer e louvar. Mais uma outra pergunta que se pode fazer... Por quem podemos orar?

 

Queridos(as), nós podemos orar por tudo e por todos... Nós podemos orar por encarnados, nós podemos orar por desencarnados, nós podemos e devemos orar por nós mesmos... Francisco de Assis, o grande iluminado de Assis, orava para as plantinhas, orava pelos animais... Então, as nossas atitudes, num sentido mais amplo, ela deve ser uma oração constante, através da atitude do bem, do bem realizar, do realizar-se o belo, do realizar a verdade, porque quando nós estamos exteriorizando essas coisas, é como se estivéssemos orando para a vida. Então, para quem orar...??? Por tudo e por todos... Porque todos nós somos necessitados da Assistência Divina. Porque num entendimento mais amplo, tudo está em evolução. Do átomo ao anjo, tudo está em progresso, tudo está em transformação, tudo está passando por períodos e por fases, de ascensão... Então, a nossa prece deve ser uma coisa contínua... Através dos atos, ações, pensamentos e sentimentos.

 

Uma outra pergunta que nós devemos fazer. A quem orar???

 

Porque nós podemos orar para A, para B, para C... Mas podemos exteriorizar o nosso pensamento de uma forma mais ampla... Orar a DEUS... Orar a JESUS... Orar aos Bons Espíritos...

 

Porque muitas vezes a gente ora para um encarnado ou um desencarnado, mas esse desencarnado ou esse encarnado não está em condições de atender os nossos rogos... Mas DEUS está sempre a nossa disposição... JESUS está sempre à disposição... Os bons Espíritos estão sempre à disposição... E esses tem condições de atender as nossas rogativas, diante de nossas necessidades do pedido que estamos fazendo.

 

Eu me lembro aqui tratando dessa questão da prece, que no livro da coleção de André Luiz, escrita pela lavra de Francisco Cândido Xavier, se não me engano, Entre a Terra e o Céu, onde o orientador espiritual, ele veio atender o pedido de uma criança. De uma criança de 14, 15 anos. Era uma filha, que tava rogando para a mãe, pedindo para a mãe, uma situação emocional que se vivia na família. Porque o pai depois do desencarne da mãe, se associou com outra pessoa, passou a ser madrasta da menina, e a menina orava para a mãe ajudar a madrasta, pois que a madrasta tava muito doente. Então a menina orava com fervor, com sinceridade, e a prece não alcançava a mãe. Porque a mãe não estava em condição de atender aquela rogativa. Mas a prece, quando o orientador espiritual recebeu, ele a chamou de prece refletida, porque embora a mãe não pôde atender, os bons Espíritos receberam, e puderam vir atender, e a história do livro está baseada na prece dessa menina de 15 anos. Através dessa prece, desencadeou todo o auxílio, todo o amparo, para a madrasta, para a mãe e para o pai da criança. Porque na verdade, a mãe não aceitava o novo casamento do ex-marido. Então, ela, a mãe, estava atrapalhando a madrasta.

 

O enredo da história nos mostra o efeito da prece. Mesmo que a mãe não tivesse condição de atender, pois que ela mesma era causadora do mal da madrasta, o mundo espiritual se movimentou para atender e auxiliar a todos. Então, olha o benefício da prece. Todas as preces são atendidas, é uma outra pergunta que se pode fazer???

 

Sim, meus queridos(as), todas as preces, sem medo de errar, todas, todas as preces são atendidas. Mas elas não são atendidas do jeito que a gente quer. Porque a gente não sabe pedir. A gente pede coisas que não convém. Paremos para pensar um pouco. Nós que somos pais, nós que somo mães, nós que somos responsáveis por alguém... Esse alguém nos pede uma coisa e essa coisa vai prejudicar ele, nós na nossa razão, nós vamos dar essa coisa para ele?  Para quem está pedindo? Acho que não, não é mesmo??? Porque a razão fala mais forte... Se a gente ama o ser que está fazendo o pedido, nós não podemos dar para ele aquilo que vai prejudicar ele, pois que sentimento que a gente nutre com ele, a gente vai sofrer também. Não é isso? Assim age a Divina Providência para com todos nós... assim age os bons Espíritos... Assim age o nosso Anjo de Guarda... Assim age JESUS com todos nós... Ele não vai oferecer alguma coisa que a gente esteja pedindo e que essa coisa vai prejudicar a gente. Por isso, quando eu peço: JESUS, eu preciso ganhar na mega-sena no final de ano... Ganhar aqueles milhões, eu vou ganhar? Não. Pois não tenho cabeça nem para gerenciar o meu salário do dia-a-dia. Como vou ter cabeça para gerenciar milhões? Como eu quero ter o poder, se não dou conta nem de mim e da minha pequena família... Porque aqueles que estão investidos de poder, muitas vezes ele tem milhares e milhares de pessoas sobre a sua responsabilidade. Tem que ter equilíbrio, discernimento e lucidez para lidar com isso. Não é qualquer um. Geralmente aqueles que estão à frente de grandes agrupamentos de pessoas vieram do mundo espiritual preparadas e mesmo assim preparada chegam aqui e muitas vezes não correspondem aquilo que se programaram. Então, é preciso tomar muito cuidado com o que a gente pede. Ele nos oferecem sim, mas aquilo que vai contribuir para o nosso progresso, para a nossa evolução.

 

Uma outra pergunta que se pode ser feita. A prece torna melhor o homem? E essa pergunta está retratada no Livro dos Espíritos. E a resposta dos Espíritos é essa: SIM. PORQUE AQUELE QUE FAZ PRECE COM FERVOR E CONFIANÇA SE TORNA MAIS FORTE CONTRA A TENTAÇÃO DO MAL. Lembra: que o título é sugestivo; prece, oração, a luz que ilumina o caminho. Por isso, irmãos, aquele que sabe orar ele consegue se fazer melhor através da prece. Porque ele consegue amealhar para si recursos para não cair em tentação. Para romper com vícios. Para romper com sentimentos instintivos. É o que a gente ainda vibra. Então a prece pode nos ajudar como instrumento para sermos melhores. Mas continua os Espíritos respondendo. SIM. PORQUE AQUELE QUE FAZ PRECE COM FERVOR E CONFIANÇA SE TORNA MAIS FORTE CONTRA AS TENTAÇÕES DO MAL. E DEUS LHES ENVIA OS BONS ESPÍRITOS PARA O ASSISTIR. É O SOCORRO QUE JAMAIS É RECUSADO QUANDO PEDIMOS COM SINCERIDADE. Então veja como devemos ser amigos da prece. Nós precisamos nos apreciar com a prece. Para que a gente possa fazer luz em nosso caminho, independente se é o caminho pedregoso ou cheio de espinhos, porque ninguém está no caminho pedregoso e cheios de espinhos por acaso. Porque muito daquilo que nos acontece é reflexo de nossas próprias ações. Seja do presente ou do passado. Portanto, é muito importante nós nos nutrirmos da prece. E para todos nós que estamos na Casa Espírita, frequentando a Casa Espírita, em contato com esses Ensinamentos dos Benfeitores Maiores em nossas vidas. Precisamos levar a oração para nossos lares. E existe uma campanha permanente no meio espírita de nós implantarmos o Evangelho no LAR.  A prece em família. De todos esses benefícios que nós estamos tendo a oportunidade de comungar neste instante a respeito da prece, como não querer este instrumento em nossos lares. Com os nossos entes queridos; aqueles companheiros de nossa jornada evolutiva; muitas vezes aqueles que nós defraudamos no passado e que a vida nos reúne para que possamos nos ajustar. Novamente, é preciso nos apropriar deste instrumento para que possamos fortificar os nossos relacionamentos, com os nossos familiares, com estes entes queridos, porque a prece ajuda a reunir a família em torno dos exemplos de JESUS. A prece ajuda a reunir a família em torno dos ensinamentos e exemplos de JESUS, levando-nos ao auxílio mútuo, a alcançar autoconhecimento, a encontrar autocontrole diante dos contrastes e revezes que muitas vezes a vida nos impõe, ajudando-nos a trabalhar a convivência fraternal dentro e fora do lar. Então, queridos(as), nós queremos encerrar dizendo isso. Entendamos a prece, levamos a prece para o nosso cônjuge. Para com a nossa esposa, para com os nossos filhos e filhas, para com aqueles que convivem e vivem com a gente. Da mesma forma que os Bons Espíritos nos ensinam que o melhor benefício para a Doutrina Espírita é a sua divulgação, o melhor benefício que nós podemos fazer para os nossos familiares, mais próximos, que estão vivendo o cadinho depurador do lar, é levar a companhia de JESUS. É levar os seus exemplos. É LEVAR ESSE MECANISMO DA PRECE. Para que a família possa se apreciar com Ele que é o Divino Modelo. Já pensou se todas as famílias se apreciassem com JESUS? O que não seria da nossa sociedade? Será que não teríamos uma sociedade mais equilibrada, uma sociedade mais justa? Uma sociedade onde nós teríamos muito menos desequilíbrios? Muito menos contrastes? Então a prece é um instrumento que pode nos ajudar nisso. Então façamos da oração o nosso elixir de todo momento, de toda hora, de todo instante. Porque só assim nós vamos entender e compreender o que a Divina Providência pede para nós... É só assim que temos condição de exteriorizar não tanto o pedir, mas muito mais o agradecer, e muito mais ainda o louvar. Que a prece seja companhia fiel dos nossos momentos, seja de tristeza, seja de alegria, para que possamos nos mantermos firmes na jornada, que está reservada a todos nós, que é de progresso, que é de evolução, que é de emancipação de nós mesmos. Muita LUZ, Muita PAZ, e agradeço a Casa, agradeço ao Grupo Antonio Casaut, a oportunidade de aprendermos juntos a respeito deste instrumento maravilhoso que é a PRECE. Que JESUS nos abençõe a todos... 

Palestra Evangélica Doutrinária com o Tema "COERÊNCIA ENTRE A CRENÇA E O COMPORTAMENTO"

Este texto é uma transcrição da Palestra Evangélica Doutrinária ocorrida no Grupo Antonio Casaut (GAC) da Sociedade Beneficente Obreiros do Bem (SBOB) de Araraquara/SP, em 04 de fevereiro de 2022, sexta-feira, às 20h00, com a Palestrante Arlett R. Celli Matheus, da SBOB, de Araraquara/SP.

 

Tema: Coerência entre a Crença e o Comportamento

Palestrante: Arlett R. Celli Matheus

Casa Espírita: Sociedade Beneficente Obreiros do Bem (SBOB)

Cidade: Araraquara/SP

Modalidade: Híbrida

 

Resumo: Na charmosa e linda noite da sexta-feira, no dia 04 de fevereiro de 2022, às 20h00, ocorreu mais uma Palestra Evangélica Doutrinária no Grupo Antonio Casaut (GAC) da Sociedade Beneficente Obreiros do Bem (SBOB) de Araraquara/SP. O GAC tem estudado antes do início da Palestra, o livro Pão Nosso, da série Fonte Viva, de psicografia de Chico Xavier, contendo comentários do Espírito Emmanuel ao Novo Testamento. Nesta noite, o capítulo aberto “ao acaso” foi o de número 148, intitulado Ceifeiros, em que Emmanuel comenta o seguinte versículo de Mateus: “Então, disse aos seus discípulos: a seara é realmente grande, mas poucos os ceifeiros” (Mateus, 9:37). Após a leitura e as considerações, e feita a oração, a palavra é dada à palestrante. A palestrante Arlett inicia agradecendo a oportunidade de estar conosco, e a oportunidade de poder falar sobre o Evangelho de JESUS, sobre tema tão importante e tão atual. Realmente, é necessário muito cuidado com o que se fala, e que se prodigalize os ceifeiros de JESUS na Terra. E é justamente sobre isso que iremos falar nesta noite. Nesta instigante situação, a incoerência entre a crença que temos e o comportamento que apresentamos no nosso cotidiano. Então coletei esta frase de Mateus que se refere ao que JESUS teria dito que “Nem todo aquele que diz Senhor, Senhor, entrará no Reino dos Céus, mas aquele que faz a VONTADE de meu PAI que estás nos Céus”... Então ele já começa dizendo que não adianta só reverenciar, é preciso agir, então essa coerência, fica meio difícil, então observamos que nem sempre ela está presente entre os cristãos. Nós somos seguidores do Cristo e embora a mensagem de JESUS seja única, muitos são os ramos do Cristianismo, e porque tem essa divisão de ramos, se JESUS apresentou uma mensagem ÚNICA, a mensagem do amor, a mensagem da fraternidade, do perdão, do Reino de DEUS; foi isso que ele nos trouxe.

 

Mas essa divisão se deve a interpretação dada às palavras do MESTRE. Conforme a interpretação, foram dividindo os cristãos. E neste momento vamos focalizar os cristãos em geral e também os cristãos espíritas. Falar em cristãos espíritas é uma redundância, é um pleonasmo, porque ser espírita é ser cristão. Mas nem todo cristão é espírita. Então falaremos e focalizaremos os cristãos e os cristãos espíritas também. E veremos que embora muitos se digam seguidores do MESTRE, se digam admiradores da sua mensagem, creiam neles, nem todos o seguem realmente, nem todos fazem dos seus ensinamentos o seu roteiro do seu dia-a-dia. Pode-se dizer até que poucos são coerentes com as propostas de JESUS, com as Leis Divinas que ele veio nos revelar.

 

Ele veio falar do Reino de DEUS, ele veio mostrar a supremacia da vida espiritual sobre a vida material, e é justamente dessa valorização do espírito que torna difícil diante dos interesses, diante do egoísmo, diante do orgulho do ser humano, à que o sigamos plenamente e acaba dividindo os cristãos. A ideia é que quando adotamos uma ideia, uma doutrina, uma filosofia, tudo em nós seja uma ressonância disso. Nosso comportamento passe a corresponder a esse modo de crer, a esse modo de pensar.

 

Mas essa correspondência nem sempre está presente, é o que temos observado bastante. O comportamento humano ele está assentado até inconscientemente nas crenças reais daquilo que realmente nós valorizamos, nós pensamos, e por essa razão é que nós defendemos as nossas ideias com unhas e dentes às vezes, Às vezes de maneira agressiva porque o comportamento corresponde aquilo que está cristalizado em nós.   

 

Assim sendo, quando nós agimos diferentemente do que o Cristo nos preconizou, daquilo que ele nos ensinou, significa que nós não assimilamos ainda a mensagem dele. Ela ainda não está presente em nosso íntimo, ela ainda não penetrou no nosso modo de ser. Então nós pensamos, achamos que seguimos de um jeito mas agimos de uma outra forma. Nós estaremos no campo provavelmente da admiração pela mensagem cristã, da admiração por este Profeta, por esse Missionário maravilhoso que é o Governador de nossa Terra. Mas ainda Ele não vive em nós... Como testemunho Paulo de Tarso após sua descoberta no caminho de Damasco quando adotando então o Cristo como Luz em seu caminho, ele diz: “Não sou mais eu quem vive em Cristo, é o Cristo quem vive em mim”. Então nós estamos com a mente do Cristo viva em nós, e aí nós agiremos de acordo com tudo aquilo que ele ensinou, aquilo que Ele preceituou. Então, não é raro nós observarmos entre os cristãos, definido como cristãos, comportamentos anti-cristãos, pessoas preconceituosas, anti-fraternas, agressivas, violentas, oportunistas; isto há em todos os meios, todos nós sabemos, mas entre os cristãos, não poderia haver, é uma incongruência muito grande, entre os que seguem o Cristo. E a história da Humanidade ela revela tristes episódios dessa discrepância. As perseguições religiosas, as cruzadas, os santos ofícios, as inquisições, as guerras santas, tudo isso feito em nome de JESUS, e por aqueles que eram representantes da ideia cristã, e que tinham um conhecimento do Evangelho do Cristo bastante profundo, desse Cristo que ensinou justamente o contrário, que ensinou o AMOR, o PERDÃO, o perdão tanto a amigos quanto a inimigos, a ver no semelhante um verdadeiro irmão. Então nós vemos o quanto eles se afastaram da ideia de Cristo. E foram esses Cristãos, que bem conheciam a doutrina de JESUS, que se acharam no direito, em nome desse Cristo de Amor, perseguir, condenar a forca, às fogueiras, a duras penas, impor sofrimentos àqueles cujas ideias contrariaram os seus dogmas, os dogmas da Igreja. Então, eram considerados hereges aqueles que não pensavam igual. [Sobre essa parte da Palestra da Arlett, tem o filme do Giordano Bruno que ilustra bem isso; está no site https://www.espiritismo.tv/filmes/filmes-versatil/giordano-bruno/] Foram muitos os mártires revelados pela história. Por essa mesma intolerância, por este mesmo descompasso, com os ensinos do Mestre, ainda hoje, algumas religiões intituladas cristãs, excomungam os que não adotam a sua fé. E estão fazendo isso em nome do Cristo. Consideram-se donos da Verdade, únicos reconhecidos como Filhos de DEUS, ao ponto de seus representantes afirmarem que, quem não comunga com os seus preceitos, com as suas crenças, estão destinados ao “inferno”, estão condenados ao inferno.

 

Acabam mostrando um Deus completamente diferente, que é o Deus Nosso Pai, de Amor, Bondade, e Justiça; mostra um Deus tendencioso, que beneficiaria os seguidores desse credo, considerados como escolhido, como únicos detentores da Verdade. Um Deus que condenaria às trevas eternas quem discordasse desses princípios religiosos defendidos por eles.

 

Então, considerando-se privilegiados em suas crenças, em seu modo de ver, Deus, Jesus, os Céus, que eles pregavam, eles se fidelizaram em suas igrejas a melhoria financeira, a conquista de bens materiais, a realização financeira ou soluções afetivas, para aqueles que os procuram, então foram essas promessas que acabaram atraindo para o seu núcleo as pessoas não interessadas tanto em conhecer a Verdade, as Verdades que JESUS nos trouxe, mas sim resolver os seus problemas materiais, sejam de ordem financeira, ou afetivas. Essas religiões, com todo o respeito aos irmãos que as professam, nós não estamos aqui julgando ninguém, estamos aqui colocando as situações para análise, elas acabaram criando verdades particulares.

 

Elas criaram verdades que são mais agradáveis aos interesses e ao egoísmo humano. Em busca de melhorias imediatas, de bem-estar e se afastaram dos verdadeiros valores espirituais que JESUS veio pregar e veio tentar despertar em todos nós. Parece que não ouviam o Mestre anunciando que seu Reino não era deste mundo. Parece que não ouviam isso. E que a condição para alcançar este Reino, para fazer parte do festim das bodas, seria vestir a túnica nupcial. O que seria a túnica nupcial? Seria a Reforma Interior, seria imacular o nosso coração. [neste ponto há uma ligação incrível com a Palestra da semana passada que está no link https://sbob.org.br/palestra-evangelica-tema-fundamentos-da-reforma-intima ou https://www.youtube.com/watch?v=ja0IvgWfSBo].

 

Como um DEUS de suprema bondade e justiça poderia discriminar seus filhos porque têm ideias diferentes, porque interpretam diferentemente a sua mensagem... Como poderia acolher uns e condenar os outros que Nele acreditam de forma diferente ou que nem acreditam? DEUS não vai punir àqueles que ainda não consegue enxerga-lo na Natureza, no dia que nasce, no sol que brilha, no sorriso da criança, na vida que nos foi dada a viver, neste organismo perfeito, Ele não vai condená-los por isso, Ele continuará sendo Pai Amoroso aguardando que essas criaturas possam um dia realmente conhece-lo. Então, diante dessas situações, nós perguntamos? Como é possível saber então se uma religião ou um religioso é realmente cristão? A resposta óbvia é que qualquer religião cristã é aquela que não introduz variações na mensagem de JESUS. Que prega realmente aquilo que Ele veio nos pregar. Os seus princípios, as Leis Divinas que Ele veio revelar... E na questão 842 de o Livro dos Espíritos, Kardec também pergunta aos Espíritos esta mesma questão. Por quais sinais se poderia reconhecer uma religião como verdadeira? A resposta dos Espíritos é magistral e bem clara. Dizem eles: “Será aquela religião que mais faz homens de Bem, menos hipócritas.” Quer dizer, praticantes da Lei de Amor e Caridade na sua maior pureza e na sua mais larga aplicação. Por esse sinal, reconheceis que uma doutrina é boa. Porque toda doutrina que tiver por consequência semear a desunião, estabelecer demarcação (separação) entre os homens, entre os filhos de DEUS, ela não pode ser senão falsa e perniciosa.

 

Vejam bem que ele deu as características da religião verdadeira. Esse Espírito orientador de Kardec, ele não deu nome: a melhor religião é esta, é aquela. Ele deu as características. Aquela que realmente segue JESUS, aquela que não altera a sua mensagem, que une os homens, que os aproxima, que trabalha o AMOR.

 

Kardec ainda pergunta em outra situação e ela vai aparecer no capítulo 17º do Evangelho Segundo o Espiritismo, no final do item 4, quando está lá quem seria o verdadeiro cristão agora. A verdadeira religião nós já vimos: ela não pode separar os homens, todos tem que ser vistos como irmãos. E o verdadeiro cristão? Como reconhecer? E diz o Espírito, nos orientando, no final do item 4 do capítulo 17 do Evangelho. “Reconhece-se o verdadeiro espírita [e podemos dizer aqui o verdadeiro cristão em geral] pela sua transformação moral e pelos esforços que faz domar as más inclinações.” Esta apreciação então é geral, é para todos nós. Então o verdadeiro espírita é reconhecido pela sua transformação moral e como não é fácil nos transformarmos, ele nos dá uma colher de chá, e pelos esforços que faz para domar as suas más inclinações, para ser melhor. Então o verdadeiro cristão é o que procura ser fiel aos preceitos, as diretrizes, as orientações do Cristo, aquele que conhece as suas imperfeições, e está disposto a melhorar-se. Quer superar-se. Procura desenvolver o AMOR que ele admira e que ele sabe que precisa desenvolver em si, segundo a proposta de JESUS. Pregou a todo momento o amai o próximo como a si mesmo, tendo a nós próprios como modelo do amor que devemos ao nosso irmão de caminhada. Então, um amor incondicional, que abrange a todos, é um comportamento para todos os momentos.

 

Até aqui, tudo isso, as religiões colocam, principalmente a Doutrina Espírita, o cristão precisaria ser coerente com estas informações, com isso que ele entende pela razão, pelo coração. E que quer adotar. No mundo individualista de hoje, nós poderíamos dizer que são muitos os religiosos de carteirinha. O que significa isso? Parece que são aqueles que vão aos templos, a Casa Espírita, guardam a carteirinha no bolso quando saem do Centro, saem do seu culto, saem da sua igreja, e vão para casa e agem independente daquilo que raciocinaram, que refletiram, estiveram ali tentando ser melhores. Guardam a carteirinha no bolso para usar até o próximo dia, no outro compromisso, na Casa Espírita ou na Igreja em quem que eles frequentam, estão filiados. Então, às vezes, pode acontecer até uma Palestra, um Sermão com o tema seja o Amor que JESUS veio pregar. O orador foi brilhante, o religioso que ali estava na plateia, saiu encantado com a palestra, ou estava na sua igreja, e admirou o sermão do seu padre, do seu pastor, mas ao sair daquele templo, daquela casa de orações, ele reage de forma pouco cristã, ao ser fechado no trânsito, logo depois, ou ao ser contrariado por alguém, usando às vezes, palavras e gestos grosseiros, evidenciando a discrepância entre o que acabou de ouvir e aceitar e aquilo que ele vai agir em seguida na primeira provocação.

 

Porque a vida ela é cheia de provocações. A cada momento, nós mesmo envolvidos no melhor propósito de melhoria, mas nós precisamos tomar muito cuidado com os desafios, com as provocações, nesse momento, como diz o povo, sobe o sangue, e a gente esquece o que tá na mente e no coração, e acabamos pondo os pés pelas mãos. Então, são pessoas que discutem com amigo(s) ou com o familiar, porque tem ideologias diferentes, até religiões diferentes, ideologias políticas nos dias de hoje, aí discutem de forma raivosa, poderiam até analisar juntos, o que um pensa, o que o outro pensa, porque ele pensa assim, não teria problema, pode-se tocar no assunto, em assuntos diferentes, o que não pode é ter esse clima de raiva, comprometendo o vínculo afetivo que deve existir entre as pessoas e que existe entre amigos, entre familiares, que acaba se rompendo devido a estes momentos. Nestes momentos então, aquele amor tão admirável, ele está falto nessas criaturas.

 

O Mestre dos Mestres, conhecendo bem a índole humana, a inferioridade que nos caracteriza, ele nos alertou sobre esta falta de coerência entre o que dizemos crer e o que fazemos do dia-a-dia. O que fazemos realmente. Disse JESUS: “Nem todos aqueles que dizem Senhor Senhor entrarão no Reino dos Céus, mas somente entrará aquele que faz a vontade do Pai que está nos Céus”... Este versículo está em Lucas e está em Mateus. Então Ele foi claro em dizer que não são as palavras, não são as atitudes exteriores que contam, não é isso que revela o Cristão. E sim a ação, os comportamentos diários, o modo de agir em relação a qualquer um, ao próximo mais próximo, e ao próximo mais distante. Então em Mateus continua ainda JESUS, em vão dirão os falsos Cristãos: “Senhor, Senhor, não profetizamos, não expulsamos os demônios, não fizemos milagres em Vosso Nome”? Estão reivindicando as ações que eles teriam feito em nome de JESUS e nós também fazemos um monte de coisas em nome de JESUS. Mas JESUS não os reconhecem como seus seguidores, como seus representantes, como seus adeptos e os contesta. “Eu não sei quem sois?” Retirai-vos de mim vós que cometeis iniquidades, Vós que desmentís as vossas palavras e as vossas ações, que caluniais o vosso próximo, que espoliais as viúvas, e cometeis adultério”... Quer dizer, eles falavam, serviam a JESUS, entres aspas, e tinham topos estes comportamentos infelizes. Então, vejamos... JESUS NÃO os reconhecem justamente pelos comportamentos anticristãos. Não pelo que eles faziam, e quais eram os comportamentos anticristãos? Por cometerem iniquidades, caluniarem o próximo, entre nós é a chamada maledicência, por espoliarem as viúvas, que naquele tempo ficavam numa situação muito fragilizada com os filhos, e eram exploradas, eram usadas mesmo em suas misérias, na satisfação de outras e até de representantes da igreja; então as viúvas são essa referencia comum nos Evangelhos e se tornavam alvo comum de interesseiros principalmente. Então JESUS os acusa de desmentir com palavras e com comportamentos, as ações que eles se atribuíam, quando eles diziam que profetizavam, que expulsavam os demônios, que faziam milagres em seu nome, só que tinham comportamentos que eram antagônicos a tudo isso. Então JESUS ao dizer que não sabiam quem eles eram completa com RETIRAI-VOS de mim vós cujo coração destila ódio e fel, vós que derramais o sangue dos vossos irmãos em meu nome, que fazeis correr as lágrimas em lugar de secá-las. Ressalta a coerência que deveria existir entre o que eles faziam e o modo deles agirem no dia-a-dia. E ainda hoje nós assistimos o sacrifício de irmãos nossos em nome da fé religiosa de outros credos não cristãos mas que cultuam DEUS e em nome dele degolam os que não juram os seus livros sagrados lembrando o negro passado das inquisições, das guerras santas, de tudo o que já ficou no passado. Homens bombas que destrõem aleatoriamente tantas vidas, se destrõem também em nome do Pai, Pai Deus deles, da forma como eles acreditam, um Pai rancoroso que castiga, um Pai que condena quem não o aceitam. Então essas pessoas vão defender esse Deus erroneamente pensado desta forma. São adeptos de um Criador que em vez de socorrer, em vez de aliviar a criatura, provoca lágrimas e destruição. Então JESUS quando diz por que me chamais Senhor Senhor e não fazeis o que eu digo, ele está falando também em nome da fé improdutiva, está chamando a atenção, porque dizemos Senhor Senhor e temos uma fé improdutiva, e não agimos no BEM, não fazemos o mal, mas não atuamos no BEM. Então refere-se à FÈ apenas dos que cultuam exteriormente, que passam os dias em preces, privam-se de alimentos, submetem-se a sacrifícios em nome de JESUS, mas não se tornam melhores, não se tornam mais caridosos, não se tornam mais indulgentes, com os semelhantes.

 

Portanto, só exterioridades. É nisso que ele está focando quando Ele coloca: porque dizeis Senhor Senhor e não fazeis o que vos digo. Refere-se aos que assemelha aos fariseus, aos hipócritas, que adotam aquela postura de profunda religiosidade, mas não ostentam uma pureza da alma, que seria materializada nas suas atitudes, na sua fala, no seu pensamento. Então anuncia JESUS: para vós haverá prantos e ranger de dentes.

 

Porque o Reino de DEUS é para aqueles que são dóceis. Para aqueles que são humildes. Para aqueles que são caridosos. Será que JESUS está falando em castigo? Não... JESUS está falando em consequências. Porque tudo o que fazemos erradamente, as consequências são nessa tônica, “de ranger de dentes”, de sofrimento, de prantos e o que fazemos de BEM também têm consequências boas. É sobre isso que ele está falando. Não espereis, diz ainda JESUS, dobrar a justiça do Senhor pela multiplicidade das palavras e das vossas genuflexões. Significa não é falando muito, não é fazendo muitas rezas, muitas preces, dobrando os joelhos, em homenagem a JESUS e aos considerados “santos”, nós às vezes não dobramos os joelhos físicos acabamos dobrando [os joelhos] internamente mas sem aquele sentimento de mudança. Portanto JESUS estava alertando o homem [a humanidade] para que não se iludisse, pois não seria possível dobrar a justiça do PAI. Com nada nós vamos conseguir dobrar a justiça de DEUS. Nós não vamos fazê-lo atender aos nossos caprichos, os nossos desejos, nós nos utilizamos de vários recursos, de promessas, de recursos materiais,  fazendo promessas para sermos perdoados em nossas culpas, pelo número de sermões que fazemos ou que assistimos, pela frequência templos religiosos, mas são os muitos os ingênuos que pensam assim... Eu cumpro o meu dever, eu vou a Casa Espírita, vamos nos deter aos Cristãos Espíritas, eu vou na Casa Espírita regularmente, eu recebo a fluidoterapia (tomo o passe), eu sou trabalhador e aplico o passe (eu dou o passe), eu trabalho na caridade em algum trabalho voluntário e isso é suficiente... Isso é importante mas se não houver a reforma interior, a mudança de comportamento e atitudes cristãs em todos os momentos, não adianta nada. Disse JESUS que o único caminho que está aberto para encontrar graça diante do PAI é a prática do AMOR e da Caridade. Então, sem isso o resto é exterioridades. Isso é válido para o Cristão, para o Espírita, para o não Cristão, para o ateu, para todos nós que somos filhos de DEUS e que viemos na missão de nos integrar junto com os outros, de nos melhorarmos, de nos remodelarmos interiormente. Em Lucas encontramos ainda: aquele que ouve as palavras de JESUS é comparado a um homem sábio que construiu sua casa sobre a rocha. Chegaram as chuvas, transbordaram os rios, os ventos sopraram sobre essa casa e ela não tombou porque estava edificada sobre a rocha. A rocha simboliza fortaleza, segurança que precisamos ter e que temos quando estamos envolvidos com JESUS. Porque na nossa vida chegam constantemente as chuvas das decepções, das ingratidões, das injustiças, sofrimentos físicos e morais, sopram os ventos das separações ocasionadas pelas desarmonias entre as pessoas ou pela morte, da convivência de pessoas tão queridas, pelo menos temporariamente, são situações que fazem transbordar o nosso coração diante da dor, infortúnios, sofrimentos de toda ordem, estão sempre presentes na nossa trajetória terrestre. Ouvir as palavras do Cristo, segui-las, significa compreender, incorporar no nosso interior e usa-la no nosso cotidiano, e transformar tudo isso em atitude, em comportamento, em serenidade, fé. Se conseguimos ouvir o Cristo, compreendendo com a razão, sentindo com o coração, nós estaremos resguardados na fé raciocinada, naquela fé que se assenta na certeza da justiça divina, pois isso nós quando estamos assim respaldados, nós sabemos que tudo que nos acontece e que não foi ocasionado pelas nossas atitudes, isso tudo está dentro de nossa programação de vida mesmo que nós não conheçamos as razões delas. Então as palavras do Cristo sempre presentes em nós, a certeza da nossa condição de Espíritos em trânsito pela Terra, em ascensão progressiva certos de que a vida continua, nós estamos vivendo existências na Terra, e a vida é única e continua infinitamente nos leva a perceber a vida terrena como ela é realmente e quando percebemos como ela é realmente nosso comportamento também muda. Então vemos a vida, na existência da Terra como transitória, como oportunidade valiosa de aprendizado para conquistarmos o melhor de nós, para pormos para fora aquela luz interior que todos somos.

 

Com essa compreensão, nós estaremos resguardados pela rocha das nossas convicções, e vai ser mais fácil passar pelas dificuldades mesmo que elas durem uma existência inteira, do berço ao túmulo, compreendendo que são apenas uma etapa difícil mas necessária a nossa evolução. Vai ser mais fácil quando sentimos realmente as palavras do Cristo nos desapegarmos dos bens materiais, nos preocuparmos em conquistar virtudes, os bens do Espírito, quando vai ser mais interessante e até convidativo, estudar e conhecer o Evangelho do Cristo, vigiar os nossos comportamentos, buscar conhecimentos, sabedoria, ouvindo e entronizando o Cristo em nosso modo de ser, nós teremos a certeza do Amparo Divino e entenderemos quando Ele nos diz: vinde a mim vós que sofreis eu vos aliviarei.

 

Porque estaremos em comunhão com Ele. Continuando a visita a esta parábola que nos alerta sobre a construção de nossa casa interior, que a casa construída sobre a rocha, é o nosso íntimo, JESUS continua: mas o que ouve estas palavras que eu digo e não as pratica, será semelhante a um homem insensato que construiu sua casa sobre a areia, e logo que as cheias chegaram e os rios transbordaram, que chegaram os ventos, a casa ruiu, porque não havia fortaleza, não havia sustentação interior. Refere-se agora JESUS aos que não assimilaram as suas verdades, ou que não as quiseram incluir no seu cotidiano, refere-se aos que se perdem nas dificuldades porque não as aceitam como aprendizado, como consequências de suas atitudes. Refere-se aos que se sentem sempre injustiçados, desamparados, há pessoas que tudo fica mais difícil, tudo é muito negativo, e nunca se sentem bem. Refere-se aos que querem receber amor, querem viver em paz, que todos nós queremos, mas não aprenderam a amar, e nem aprenderam a colaborar com a paz que Ele pregou.

 

Então JESUS está se referindo aos que se negam a socorrer o próximo, porque estão muito ocupados em seus interesses. Sabemos que a maior dificuldade da luta evolutiva do Espírito, na luta de todos nós não é escolher o caminho certo, é manter nele. Essa é a nossa dificuldade. E Kardec diz que só não tem que lutar aqueles que já realizaram o progresso, aqueles que outrora, já viveram experiências e lutaram para se melhorar e triunfaram, por isso é que neles hoje imperam o desejo do bem, os bons sentimentos eclodem em qualquer momento, sem nenhum esforço. Nós estamos ainda na luta para conquistar estas coisas. Será que nós, que somos estudiosos do Evangelho do Cristo, que temos oportunidades de ouvir oradores maravilhosos, de grande conhecimento, de ler bons livros, de receber mensagens dos Espíritos às vezes nas reuniões mediúnicas, impressas, a todo momento, agora pela internet muitas delas, ouvir Espíritos iluminados, será que nós com tudo isso que estamos recebendo estamos só dizendo Senhor Senhor e não estamos incluindo JESUS em nosso viver, em nosso cotidiano?????

 

Será que já iniciamos no auto-conhecimento, na autocrítica, buscando ter consciência naquilo que precisamos mudar, estamos conscientes de vigiar nossos pensamentos, a forma como falamos com os outros, o nosso modo de agir, estamos preocupados com a nossa reforma íntima, nos impondo método e disciplina para alcançar???

 

Será que já estamos fazendo isso???

 

Emmanuel, nos diz, que a resistência a atração do mal, ou melhor, o que fica difícil nós resistirmos ao mal passa pela falta de conhecimento e pela falta de autoconhecimento. Se sairmos da ignorância e também nos conhecermos nós estaremos fortalecidos como aquela casa construída na rocha.

 

Portanto, fica a reflexão para nos orientar, para estimular a mudança que se faça necessária, a cada dia que nós ouvirmos um orador, por que nós lemos uma coisa nova, que nós participamos de alguma coisa, aumenta o nosso compromisso de mudança, de reforma, de crescimento. Que JESUS NOS AMPARE nesta proposta. Sabemos ser difícil. Estamos todos envolvidos nela e com a ajuda dos Espíritos Amigos e do Pai que tanto nos ama chegaremos lá... Muita PAZ e recebam aqui o auxílio que vieram buscar... Assim seja...