sexta-feira, 10 de novembro de 2017

Embainha tua espada


Embainha* tua espada. – Jesus  (João, 18:11)

A guerra foi sempre o terror das nações.

Furacão de inconsciência, abre a porta a todos os monstros da iniqüidade por onde se manifesta. O que a civilização ergue, ao preço dos séculos laboriosos de suor, destrói com a fúria de poucos dias.

Diante dela, surgem o morticínio e o arrasamento, que compelem o povo à crueldade e a barbaria, em razão das quais aparecem dias amargos de sofrimento e regeneração para todas as coletividades que lhe aceitaram os desvarios.

Ocorre o mesmo, dentro de nós, quando abrimos luta contra os semelhantes...

Sustentando a contenda contra o próximo, destruidora tempestade de sentimentos nos desarvora o coração. Ideais superiores e aspirações sublimes longamente acariciados por nosso espírito, construções do presente para o futuro e plantações de luz e amor, no terreno de nossas almas, sofrem desabamento e desintregação, porque o desequilíbrio e a violência nos fazem tremer e cair nas vibrações do egoísmo absoluto que havíamos relegado à retaguarda da evolução.

Depois disso, muitas vezes devemos atravessar aflitivas existências de expiação para corrigir as brechas que nos aviltam o barco do destino, em breves momentos de insânia.
Em nosso aprendizado cristão, lembremos da palavra do Senhor: “Embainha tua espada...

Alimentando a guerra com os outros, perdemo-nos nas trevas exteriores, esquecendo o bom combate que nos cabe manter em nós mesmos.

Façamos a paz com os que nos cercam, lutando contra as sombras que ainda nos perturbam a existência, para que se faça em nós o reinado de luz.

De lança em riste, jamais conquistaremos o bem que desejamos.

A cruz do mestre tem a forma de uma espada com a lâmina voltada para baixo.

Recordemos, assim, que, sacrificando-se sobre uma espada simbólica, devidamente ensarilhada, é que Jesus conferiu ao homem a benção da paz, com felicidade e renovação.

*= grifos nossos

Fonte:

Fonte Viva / pelo Espírito Emmanuel; [psicografado por] Francisco Cândido Xavier. – Brasília; FEB, 2015. 393 p.

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