Compromisso pessoal*
Eu plantei,
Apolo regou, mas o crescimento veio de Deus. – Paulo (I Coríntios, 3:6.)
Nada de personalismo dissolvente na
lavoura do Espírito.
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Qual ocorre em qualquer campo terrestre;
cultivador algum, na gleba da alma, pode jactar-se de tudo fazer nos domínios
da sementeira ou da colheita.
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Após o esforço de quem planta, há
quem siga o vegetal nascente, quem o auxilie, quem o corrija, quem o proteja.
Pensando, porém, no impositivo da descentralização,
no serviço espiritual, muitos companheiros fogem à iniciativa nas construções de
ordem moral que nos competem. Muitos deles, convidados a compromissos
edificantes, nesse ou naquele setor de trabalho, afirmam-se inaptos para a
tarefa, como se nunca devêssemos iniciar o aprendizado do aprimoramento íntimo,
enquanto outros asseveram, quase sempre com ironia, que não nasceram para
líderes. Os que assim procedem costumam relegar para Deus comezinhas obrigações
no que tange à elevação, progresso, acrisolamento ou melhoria, mas as Leis do
Criados não isentam a criatura do dever de colaborar na edificação do bem e da
verdade, em favor de si mesma.
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Vejamos a palavra do apóstolo Paulo,
quando já conhecia os problemas do autoaperfeiçoamento, referindo-nos à evangelização: “Eu plantei, Apolo regou, mas o
crescimento veio de Deus.”
*
A
necessidade do devotamento individual à causa da Verdade transparece, clara, de
semelhante conceituação.
*
Sabemos que a essência de toda
atividade, uma lavra agrícola, procede, originariamente, da Providência divina.
De Deus vêm a semente, o solo, o clima, a seiva, e a orientação para o desenvolvimento
da árvore, como também dimanam de Deus a inteligência, a saúde, a coragem e o
discernimento do cultivador, mas somos obrigados a reconhecer que alguém deve
planta.
*
* = grifos nossos
Fonte:
Ceifa de luz / pelo Espírito
Emmanuel; [psicografado por] Francisco Cândido Xavier. – 3. ed. – 1. imp. – Brasília:
FEB, 2015. 221 p.
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