domingo, 21 de abril de 2019

Compromisso pessoal


Compromisso pessoal*


Eu plantei, Apolo regou, mas o crescimento veio de Deus.  – Paulo (I Coríntios, 3:6.)


            Nada de personalismo dissolvente na lavoura do Espírito.

                                                           *

            Qual ocorre em qualquer campo terrestre; cultivador algum, na gleba da alma, pode jactar-se de tudo fazer nos domínios da sementeira ou da colheita.

                                                           *

            Após o esforço de quem planta, há quem siga o vegetal nascente, quem o auxilie, quem o corrija, quem o proteja.

            Pensando, porém, no impositivo da descentralização, no serviço espiritual, muitos companheiros fogem à iniciativa nas construções de ordem moral que nos competem. Muitos deles, convidados a compromissos edificantes, nesse ou naquele setor de trabalho, afirmam-se inaptos para a tarefa, como se nunca devêssemos iniciar o aprendizado do aprimoramento íntimo, enquanto outros asseveram, quase sempre com ironia, que não nasceram para líderes. Os que assim procedem costumam relegar para Deus comezinhas obrigações no que tange à elevação, progresso, acrisolamento ou melhoria, mas as Leis do Criados não isentam a criatura do dever de colaborar na edificação do bem e da verdade, em favor de si mesma.

                                                           *

            Vejamos a palavra do apóstolo Paulo, quando já conhecia os problemas do autoaperfeiçoamento, referindo-nos à evangelização: “Eu plantei, Apolo regou, mas o crescimento veio de Deus.”

                                                           *

            A necessidade do devotamento individual à causa da Verdade transparece, clara, de semelhante conceituação.


                                                           *

            Sabemos que a essência de toda atividade, uma lavra agrícola, procede, originariamente, da Providência divina. De Deus vêm a semente, o solo, o clima, a seiva, e a orientação para o desenvolvimento da árvore, como também dimanam de Deus a inteligência, a saúde, a coragem e o discernimento do cultivador, mas somos obrigados a reconhecer que alguém deve planta.

                                                           *
* = grifos nossos


Fonte:
Ceifa de luz  / pelo Espírito Emmanuel; [psicografado por] Francisco Cândido Xavier. – 3. ed. – 1. imp. – Brasília: FEB, 2015. 221 p.

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