terça-feira, 29 de outubro de 2019

A primeira entrevista


Trecho do Livro Nosso Chico, de Saulo Gomes, narrando uma entrevista com Chico Xavier em maio de 1968, prelúdio do Pinga Fogo, ocorrido em 1971...

A primeira entrevista*

[Saulo Gomes] Mestre Chico Xavier, como é que os Espíritos consideram o Espiritismo? Como uma ciência experimental ou uma religião?

[Chico Xavier] De início, queremos agradecer aos nossos amigos da TV Tupi, canal 4, de São Paulo, na pessoa de nosso caro entrevistador, Saulo Gomes, a atenção que nos dispensa, proporcionando-nos a alegria da presente visita à nossa Comunhão Espírita Cristã, aqui em Uberaba. Desejamos, também com a permissão dos amigos, saudar e agradecer a atenção dos amigos telespectadores. Pedimos licença ainda, para falarmos do entusiasmo com que o entrevistador a nós se referiu. Conhecemos nossa total desvalia e sabemos que as palavras do nosso caro Saulo Gomes nascem da sua generosidade, por méritos que não possuímos.

Feita essa ressalva, confessamo-nos, ante um inquérito afetivo muito sério, que nos chama a grande responsabilidade, pois entendemos estar diante de ouvintes que procuram a verdade.

Confesso que, antes de me sentar aqui para a entrevista, pedi aos nossos amigos espirituais, especialmente ao nosso Emmanuel, que dirige nossas atividades mediúnicas desde 1931, que me ajudassem, pois não tenho o dom da palavra, e me amparassem para que eu errasse o menos possível nas respostas. Conto, assim, com o perdão de todos.

Os nossos amigos espirituais nos afirmam que, apesar de o Espiritismo englobar experimentações científicas valiosas para a Humanidade, devemos considerá-lo como doutrina que revive o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, interpretado em sua pureza e em sua simplicidade para os nossos dias.

De nossa parte, consideramos o Espiritismo como religião, em vista das conseqüências morais que a Doutrina Espírita apresenta para a nossa vida e para o nosso trabalho.

*= grifos nossos


Fonte: Nosso Chico. Saulo Gomes. . – 1. ed. – 1. imp. – Catanduva: InterVidas, 2018. 296 p.

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