Compreensão*
Ainda
que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse caridade, seria
como o metal que soa ou como o sino que tine. – Paulo (I Coríntios,
13:1)
Parafraseando o apóstolo
Paulo, ser-nos-á lícito afirmar, ante as lutas renovadoras do dia a dia:
se falo nos variados idiomas do mundo e até mesmo a
linguagem do Plano espiritual, a fim comunicar-me com os irmãos da Terra, e não
tiver compreensão dos meus
semelhantes, serei qual gongo que soa vazio ou qual martelo que bate
inutilmente;
se cobrir-me de dons espirituais e adquirir fé, a ponto de
transplantar montanhas, e não tiver compreensão
das necessidades do próximo, nada sou;
e
se vier a distribuir todos os bens que acaso possuo, em benefício dos
companheiros em dificuldades maiores que as nossas, ou entregar-me à fogueira em
louvor de minhas próprias convicções, e não demonstrar compreensão, em auxílio dos que me cercam, isso de nada me
aproveitaria.
A compreensão é tolerante, prestimosa, não sente inveja, não se
precipita e não se ensoberbece em coisa alguma. Não se desvaira em ambição, não
se apaixona em interesses próprios, não se irrita, nem suspeita mal. Tudo suporta,
crê no bem, espera o melhor e sofre sem reclamar. Não se regozija com a
injustiça e sim procura ser útil, em espírito e verdade.
De
todas as virtudes, permanecem por maiores a fé, a esperança e a caridade; a
caridade, evidentemente, é a maior de todas; entretanto, urge
observar que, se fora da caridade não há salvação, sem compreensão a caridade falha sempre em seus propósitos, sem
completar-se para ninguém.
*= grifos nossos
Fonte:
Ceifa de Luz / pelo Espírito Emmanuel; [psicografado por] Francisco
Cândido Xavier. – 3. Ed. – 1. Imp. - Brasília; FEB, 2015. 221 p.
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