domingo, 13 de setembro de 2020

Ceifeiros

 

Ceifeiros

 

Então, disse aos seus discípulos: a seara é realmente grande, mas poucos os ceifeiros. – (Mateus, 9:37)

 

O ensinamento não se refere à colheita espiritual dos grandes períodos de renovação no tempo, mas sim à seara de consolações que o Evangelho envolve em si mesmo.

 

Naquela hora permanecia em torno do Mestre a turba de corações desalentados e errantes que, segundo a narrativa de Mateus, se assemelhava a rebanho sem pastor.

 

Foi então que Jesus ergueu o símbolo da seara realmente grande, ladeada, porém, de raros ceifeiros.

 

É que o Evangelho permanece no mundo por bendita messe celestial destinada a enriquecer o espírito humano; entretanto, a percentagem de criaturas dispostas ao trabalho da ceifa é muito reduzida. A maioria aguarda o trigo beneficiado ou o pão completo para a alimentação própria. Raríssimos são aqueles enfrentam os temporais, o rigor do trabalho e as perigosas surpresas que o esforço de colher reclama do trabalhador devotado e fiel.

 

Em razão disto, a multidão dos desesperados e desiludidos continua passando no mundo, em fileira crescente, através dos séculos.

 

Os abnegados operários do Cristo prosseguem onerados em virtude de tantos famintos que cercam a seara, sem a precisa coragem de buscarem por si o alimento da vida eterna. E esse quadro persistirá na Terra, até que os bons consumidores aprendam também a ser bons ceifeiros.  

*= grifos nossos.

 

Fonte:

 

Pão nosso / pelo Espírito Emmanuel; [psicografado por] Francisco Cândido Xavier. – 1 ed. – 10 imp. – Brasília; FEB, 2016. 407 p.

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