Espírito: Augusto dos Anjos
Psicografia: Francisco Cândido Xavier
Espírito
Busca a Ciência o Ser pelos ossuários
No órgão morto, impassível, atro e mudo;
No labor anatômico, no estudo
Do germe, em seus impulsos embrionários ;
Mas só encontra os germes-funcionários
No seu trabalho infame, horrendo e e rudo,
De consumir as podridões
de tudo,
Nos seus medonhos ágapes mortuários.
No meio triste de cadaverinas
Acha-se apenas ruína sobre ruínas,
Como bolor e o mofo sob as heras;
A alma que é Vibração, Vida e Essência,
Está nas luzes da sobrevivência,
No transcendentalismo das esferas.
Fonte:
Parnaso de além-túmulo: (poesias mediúnicas): [psicografado
por] – Francisco Cândido Xavier – 19. Ed. – 2ª reimpressão – Rio de Janeiro:
Federação Espírita Brasileira, 2010. 704 p.
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