domingo, 7 de janeiro de 2018

Liberdade

Liberdade*

Não useis, porém, da liberdade para dar ocasião à carne, mas servi-vos uns aos outros pela caridade.  – Paulo. (Gálatas, 5:13.)

Em todos os tempos, a liberdade foi usada pelos dominadores da Terra. Em variados setores da evolução humana, os mordomos do mundo aproveitam-na para o exercício da tirania, usam-na os servos em explosões de revolta e descontentamento.

Quase todos os habitantes do planeta pretendem a exoneração de qualquer e toda responsabilidade, para se mergulharem na escravidão aos delitos de toda sorte.

Ninguém, contudo, deveria recorrer ao Evangelho para aviltar o sublime princípio.

A palavra do Apóstolo aos gentios é bastante expressiva. O maior valor da independência relativa de que desfrutamos reside na possibilidade de nos servimos uns aos outros, glorificando o bem.

O homem gozará sempre da liberdade condicional e, dentro dela, pode alterar o curso da própria existência, pelo bom ou mau uso de semelhante faculdade nas relações comuns.
É forçoso reconhecer, porém, que são muito raros os que se decidem à aplicação dignificante dessa virtude superior.

Em quase todas as ocasiões, o perseguido, com oportunidade de desculpar, mentaliza represálias violentas; o caluniado, com ensejo de perdão divino, recorre à vingança; o incompreendido, no instante azado de revelar fraternidade e benevolência, reclama reparações.

Onde se acham aqueles que se valem do sofrimento, para intensificar o aprendizado com Jesus Cristo? Onde os que se sentem suficientemente livres para converter espinhos em bênçãos? No entanto, o Pai concede relativa liberdade a todos os filhos, observando-lhes a conduta.

Raríssimas são as criaturas que sabem elevar o sentido da independência a expressões de voo espiritual para o Infinito. A maioria dos homens cai, desastradamente, na primeira e nova concessão do Céu, transformando, às vezes, elos de veludo em algemas de bronze.    

*= grifos nossos

Fonte:

Vinha de luz / pelo Espírito Emmanuel; [psicografado por] Francisco Cândido Xavier. – 28 ed. – 1 imp. – Brasília; FEB, 2015. 445 p.

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