Lutas do médium*
Há duas espécies de lutas que um médium trava para que sua
luz luza diante dos homens:
uma é
a luta que se desenrola em seu próprio íntimo, luta contra si mesmo, para
vencer o comodismo, a inércia, a rotina. Para vencer na luta íntima,
o médium deverá saber sobrepor-se a seus gostos e a seus caprichos,
sacrificando suas vaidades, colocando-se, assim, em todas as oportunidades, a
serviço do Altíssimo, em socorro dos necessitados e esclarecimento dos
ignorantes.
A outra luta é
contra os preconceitos sociais, entre os quais, ordinariamente, está incluída a
incompreensão de seus familiares. O médium deverá possuir a força moral
necessária para quebrar definitivamente as cadeias que o impedem de exercer o
seu medianato.
Lembremo-nos de que a mediunidade bem praticada ainda se
assemelha muito ao caminho do Gólgota. E a esse respeito, o generoso instrutor Emmanuel
assim se expressa:
“A missão
mediúnica, se tem os seus percalços e suas lutas dolorosas, é uma das mais
belas oportunidades de progresso e de redenção, concedidas por Deus a seus
filhos. Sendo luz que brilha na carne, a mediunidade é um atributo do espírito,
patrimônio da alma imortal, elemento renovador da posição moral da criatura
terrena, enriquecendo todos os seus valores no capítulo da virtude e da
inteligência, sempre que se encontre ligada aos princípios evangélicos, na sua
trajetória pela face do mundo.”
Portanto, integrados em sua tarefa mediúnica, com amor e constância,
concorrendo para a realização de curas, encaminhando espíritos obsessores, combatendo
a ignorância espiritual em que se debatem os homens, servindo de instrumentos
para a disseminação do Evangelho, os
médiuns perfazem obras pelas quais os homens glorificam a Deus.
*= grifos nossos
Fonte:
RIGONATTI, E. Evangelho dos Humildes. 183 p.
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