sábado, 16 de junho de 2018

Não perturbeis

Não perturbeis*

Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem.  – Jesus (Mateus, 19:6)

A palavra divina não se refere apenas aos casos do coração. Os laços afetivos caracterizam-se por alicerces sagrados e os compromissos conjugais ou domésticos sempre atendem a superiores desígnios. O homem não ludibriará os impositivos da lei, abusando de facilidades materiais para lisonjear os sentidos. Quebrando a ordem que lhe rege os caminhos, desorganizará a própria existência. Os princípios equilibrantes da vida surgirão sempre, corrigindo e restaurando...

A advertência de JESUS, porém, apresenta para nos significação mais vasta.

“Não separeis o que Deus ajuntou” corresponde também ao “não perturbeis o que Deus harmonizou”.

Ninguém alegue desconhecimento do propósito divino. O dever, por mais duro, constitui sempre a Vontade do Senhor. E a consciência, sentinela vigilante do Eterno, a menos que esteja o homem dormindo no nível do bruto, permanece apta a discernir o que constitui “obrigação” e o que representa “fuga”.

O Pai criou seres e reuniu-os. Criou igualmente situações e coisas, ajustando-as para o bem comum.

Quem desarmoniza as obras divinas, prepare-se para a recomposição. Quem lesa o Pai, algema o próprio “eu” aos resultados da sua ação infeliz e, por vezes, gasta séculos, desatando grilhões...

Na atualidade terrestre, esmagadora percentagem de homens constitui-se de milhões em serviço reparador, depois de haver separado o que Deus ajuntou, perturbando, com o mal, o que a Providência estabelecera para o bem.

Prestigiemos as organizações do justo Juiz que a noção do dever identifica para nós em todos os quadros do mundo. Às vezes, é possível perturbar-lhe as obras com sorrisos, mas seremos invariavelmente forçados a repará-las com suor e lágrimas.

*= grifos nossos

Fonte:

Caminho, verdade e vida / pelo Espírito Emmanuel; [psicografado por] Francisco Cândido Xavier. – 29 ed. – 1 imp. - Brasília; FEB, 2015. 393 p.

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