Oração*
Perseverai
em oração, velando nela em ação de graças. – Paulo (Colossenses,
42)
Muitos
crentes estimariam movimentar a prece qual se mobiliza uma vassoura ou um
martelo.
Exigem
resultados imediatos, por desconhecer qualquer esforço preparatório. Outros perseveram
na oração, mantendo-se, todavia, angustiados e espantadiços. Desgastam-se e
consomem valiosas energias nas aflições injustificáveis. Enxergam somente a
maldade e a treva e nunca se dignam examinar o tenro broto da semente divina ou
a possibilidade próxima ou remota do bem. Encarceram-se no “lado mau” e perdem,
por vezes, uma existência inteira, sem qualquer propósito de se transferirem
para o “lado bom”.
Que
possibilidade de êxito se reservará ao necessitado que formula uma solicitação em
gritaria, com evidentes sintomas de desequilíbrio? O concessionário sensato, de
início, adiará a solução, aguardando prudente, que a serenidade volte ao
pedinte.
A
palavra de Paulo é clara neste sentido.
É indispensável persistir na oração, velando
nesse trabalho com ação de graças. E forçoso é reconhecer que louvar não é
apenas pronunciar votos brilhantes. É também alegrar-se me pleno combate pela
vitória do bem, agradecendo ao Senhor os motivos de sacrifício e sofrimento,
buscando as vantagens que a adversidade e o trabalho nos trouxeram ao Espírito.
Peçamos
a Jesus o dom da paz e da alegria, mas não nos esqueçamos de glorificar-lhe os
sublimes desígnios toda vez que a sua vontade misericordiosa e justa entra em
choque com os nossos propósitos inferiores. E estejamos convencidos de que oração
intempestiva, constituída de pensamentos desesperados e descabidas exigências,
destina-se ao chão renovador qual acontece à flor improdutiva que o vento leva.
*= grifos nossos
Fonte:
Pão Nosso / pelo Espírito Emmanuel; [psicografado por] Francisco Cândido
Xavier. – 30 ed. – 3. imp. - Brasília; FEB, 2017. 399 p.
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