sábado, 29 de junho de 2019

Ouçam-nos


Ouçam-nos*

Disse-lhe Abraão: eles têm Moisés e os profetas; ouçam-nos. – (Lucas, 16:29)

            A resposta de Abraão ao rico da parábola ainda é ensinamento de todos os dias, no caminho comum.

            Inúmeras pessoas se aproximam das fontes de revelação espiritual; entretanto, não conseguem a libertação dos laços egoísticos de modo que vejam e ouçam, qual lhes convém aos interesses especiais.

            Há precisamente um século, estabeleceu-se intercâmbio intenso entre os dois planos, na grande movimentação do Cristianismo redivivo; contudo, há aprendizes que contemplam o céu, angustiados tão só porque nunca receberam a mensagem direta de um pai ou de um filho na experiência humana. Alguns chegam ao disparate de se desviarem da senda alegando tais motivos. Para esses, o fenômeno e a revelação no Espiritismo evangélico são simples conjunto de inverdades, porque nada obtiveram de parentes mortos, em consecutivos anos de observação.

            Isso, porém, não passa de contrassenso.

            Quem poderá garantir a perpetuidade dos elos frágeis das ligações terrestres?

            O impulso animal tem limites.

            Ninguém justifique a própria cegueira com a insatisfação do capricho pessoal.

            O mundo está repleto de mensagens e emissários, há milênios. O grande problema, no entanto, não está em requisitar-se a verdade para atender o círculo exclusivista de cada criatura, mas na deliberação de cada homem, quanto a caminhar com o próprio valor, na direção das realidades eternas.      


*= grifos nossos


Fonte:

Pão Nosso / pelo Espírito Emmanuel; [psicografado por] Francisco Cândido Xavier. – 30 ed. – 3. imp. - Brasília; FEB, 2017. 399 p.

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