sábado, 10 de outubro de 2020

Ajuda sempre

 

Ajuda sempre*


Mas Paulo respondeu: que fazeis vós, chorando e magoando-me o coração? –  (Atos, 21:13)


Constitui passagem das mais dramáticas nos Atos dos Apóstolos aquela em que Paulo de Tarso se prepara à frente dos testemunhos que o aguardavam em Jerusalém.

 

Na alma heroica do lutador não paira qualquer sombra de hesitação. Seu espírito, como sempre, está pronto. Mas os companheiros choram e se lastimam; e, do coração sensível e valoroso do batalhador do Evangelho, flui a indagação dolorosa.

 

Não obstante a energia serena que lhe domina a organização valorosa, Paulo sentia falta de amigos tão corajosos quanto ele mesmo.

 

Os companheiros que o seguiam estavam sinceramente dispostos ao sacrifício; entretanto, não sabiam manifestar os sentimentos da alma fiel. É que o pranto e a lamentação jamais ajudam nos instantes de testemunho difícil. Quem chora ao lado de um amigo em posição perigosa desorganiza-lhe a resistência.

 

Jesus chorou no Horto, sozinho, mas, em Jerusalém, sob o peso da cruz, roga às mulheres generosas que o amparam a cessação das lágrimas angustiosas. Na alvorada da Ressurreição, pede a Madalena esclareça o motivo de seu pranto junto ao sepulcro.

 

A lição é significativa para todo aprendiz.

 

Se um ente amado permanece mais tempo sob a tempestade necessária, não te entregues a desesperos inúteis. A queixa não soluciona problemas. Em vez de magoá-los com soluções, aproxima-te dele e estende as mãos.   

 

 

*= grifos nossos

 

 

Fonte:

 

Pão nosso / pelo Espírito Emmanuel; [psicografado por] Francisco Cândido Xavier. – 1. ed. 10. imp. - Brasília; FEB, 2016. 407 p.

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