quinta-feira, 29 de outubro de 2020

Monturo

 

Monturo*


Nem presta para a terra, nem para o monturo; lançam-no fora. Quem tem ouvidos para ouvir, ouça. – Jesus (Lucas, 14:35)


Segundo deduzimos, Jesus emprestou significação ao monturo.

 

Terra e lixo, nesta passagem, revestem-se de valor essencial. Com a primeira, realizaremos a semeadura; com a segunda, é possível fazer a adubação, onde se faça necessário.

 

Grande porção dos aprendizes, imitando a atitude dos fariseus antigos, foge ao primeiro encontro com as “zonas estercorárias” do próximo; entretanto, tal se verifica porque desconhecem as expressões proveitosas.  

 

O Evangelho está cheio de lições nesse setor do conhecimento iluminativo.

 

Se José da Galiléia ou Maria de Nazaré simbolizam terras de virtudes fartas, o mesmo não sucede aos Apóstolos que, a cada passo, necessitam recorrer à fonte das lágrimas que escorrem do monturo de remorsos e fraquezas, propriamente humanos, a fim de fertilizarem o terreno empobrecido de seus corações. De quanto adubo dessa natureza precisaram  Madalena e Paulo, por exemplo, até alcançarem a gloriosa posição em que se destacaram?

 

Transformemos nossas misérias em lições.

 

Identifiquemos o monturo que a própria ignorância amontoou em torno de nós mesmos, converta-mo-la em adubo de nossa “terra íntima” e teremos dado razoável solução ao problema de nossos grandes males.

 

*= grifos nossos

 

 

Fonte:

 

Pão nosso / pelo Espírito Emmanuel; [psicografado por] Francisco Cândido Xavier. – 1. ed. 10. imp. - Brasília; FEB, 2016. 407 p.

 

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