O novo mandamento*
Um novo mandamento
vos dou: - Que vos amei uns aos outros, como Eu vos amei. - Jesus. (João, 13:34)
A leitura despercebida do texto induziria o leitor
a sentir nessas palavras do Mestre absoluta identidade com o seu ensinamento
relativo à regra áurea.
Entretanto, é preciso salientar a diferença.
O “ama a teu próximo como a ti mesmo” é diverso do “que vos ameis uns
aos outros como Eu vos amei”.
O primeiro instrui um dever, em cuja execução não é
razoável que o homem cogite da incompreensão alheia. O aprendiz amará o próximo
como a ti mesmo.
Jesus, porém, engrandeceu a fórmula, criando o novo mandamento na comunidade cristã.
O Mestre refere-se a isso na derradeira reunião com
os amigos queridos, na intimidade dos corações.
A recomendação “que
vos ameis uns aos outros como Eu vos amei” assegura o regime da
verdadeira solidariedade entre os discípulos, garante a confiança fraternal e a
certeza do entendimento recíproco.
Em todas as relações comuns, o cristão amará o
próximo como a si mesmo, reconhecendo, contudo, que no lar de sua fé conta com irmãos que se amparam efetivamente uns
aos outros.
Esse é o novo mandamento que estabeleceu a
intimidade legítima entre os que se entregaram ao Cristo, significando que, em
seus ambientes de trabalho, há quem se sacrifique e quem compreenda o
sacrifício, quem ame e quem se sinta amado, quem faz o bem e quem saiba
agradecer.
Em qualquer círculo do Evangelho, em que essa característica
não assinala as manifestações dos companheiros entre si, os argumentos da Boa-Nova podem haver atingido os cérebros indagadores,
mas ainda não penetraram o santuário dos corações.
*=grifos nossos
Fonte:
Caminho, verdade e vida / pelo Espírito Emmanuel; [psicografado por]
Francisco Cândido Xavier. – 29 ed. – 1 imp. – Brasília; FEB, 2015. 393 p.
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