Reencarnação*
Portanto,
se tua mão ou o teu pé te escandalizar, corta-o e atira-o para longe de ti:
melhor te é entrar na vida, coxo ou aleijado, do que, tendo duas mãos ou dois
pés, seres lançado no fogo eterno. – Jesus. (Mateus, 18:8)
Unicamente a reencarnação esclarece as questões do ser,
do sofrimento e do destino. Em muitas ocasiões, falou-nos Jesus de seus belos e
sábios princípios.
É indispensável considerar que o Mestre se dirigia a uma
sociedade estagnada, quase morta.
No concerto das lições divinas que recebe, o cristão, a
rigor, apenas conhece, apenas conhece, de fato, um gênero de morte, a que
sobrevém a consciência culpada pelo desvio da Lei; e os contemporâneos do
Cristo, na maioria, eram criaturas sem atividade espiritual edificante, de alma
endurecida e coração paralítico. A expressão “melhor te é entrar na vida”
representa solução fundamental. Acaso, não eram os ouvintes pessoas humanas? Referia-se,
porém, o Senhor à existência contínua, à vida de sempre, dentro da qual todo
Espírito despertará para a sua gloriosa destinação de eternidade.
Na elevada simbologia de suas palavras, apresenta-nos
Jesus o motivo determinante dos renascimentos dolorosos, em que observamos aleijados,
cegos, paralíticos de berço, que pedem semelhantes provas como períodos de
refazimento e regeneração indispensáveis à felicidade porvindoura.
Quanto
à imagem do “fogo eterno”, inserta nas letras evangélicas, é recurso muito
adequado à lição, porque, enquanto não dispuser a criatura a viver com o
Cristo, será impelida a fazê-lo, por mil meios diferentes; se
a rebeldia perdurar por infinidade de séculos, os processos purificadores permanecerão
igualmente como o fogo material, que permanecerá na Terra enquanto seu concurso
perdurar no tempo, como utilidade indispensável da vida física.
*=grifos nossos
Fonte:
Caminho, verdade e vida / pelo Espírito Emmanuel; [psicografado por]
Francisco Cândido Xavier. – 29 ed. – 1 imp. – Brasília; FEB, 2015. 393 p.
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