segunda-feira, 15 de maio de 2017

Reencarnação

Reencarnação*

Portanto, se tua mão ou o teu pé te escandalizar, corta-o e atira-o para longe de ti: melhor te é entrar na vida, coxo ou aleijado, do que, tendo duas mãos ou dois pés, seres lançado no fogo eterno. – Jesus. (Mateus, 18:8)

Unicamente a reencarnação esclarece as questões do ser, do sofrimento e do destino. Em muitas ocasiões, falou-nos Jesus de seus belos e sábios princípios. 

Esta passagem de Mateus é sumamente expressiva.

É indispensável considerar que o Mestre se dirigia a uma sociedade estagnada, quase morta.

No concerto das lições divinas que recebe, o cristão, a rigor, apenas conhece, apenas conhece, de fato, um gênero de morte, a que sobrevém a consciência culpada pelo desvio da Lei; e os contemporâneos do Cristo, na maioria, eram criaturas sem atividade espiritual edificante, de alma endurecida e coração paralítico. A expressão “melhor te é entrar na vida” representa solução fundamental. Acaso, não eram os ouvintes pessoas humanas? Referia-se, porém, o Senhor à existência contínua, à vida de sempre, dentro da qual todo Espírito despertará para a sua gloriosa destinação de eternidade.

Na elevada simbologia de suas palavras, apresenta-nos Jesus o motivo determinante dos renascimentos dolorosos, em que observamos aleijados, cegos, paralíticos de berço, que pedem semelhantes provas como períodos de refazimento e regeneração indispensáveis à felicidade porvindoura.

Quanto à imagem do “fogo eterno”, inserta nas letras evangélicas, é recurso muito adequado à lição, porque, enquanto não dispuser a criatura a viver com o Cristo, será impelida a fazê-lo, por mil meios diferentes; se a rebeldia perdurar por infinidade de séculos, os processos purificadores permanecerão igualmente como o fogo material, que permanecerá na Terra enquanto seu concurso perdurar no tempo, como utilidade indispensável da vida física.   


*=grifos nossos


Fonte:


Caminho, verdade e vida / pelo Espírito Emmanuel; [psicografado por] Francisco Cândido Xavier. – 29 ed. – 1 imp. – Brasília; FEB, 2015. 393 p.

Nenhum comentário:

Postar um comentário