domingo, 25 de novembro de 2018

Ciência e temperança


Ciência e temperança*

            E à ciência, a temperança; à temperança, a paciência; à paciência, a piedade (II PEDRO, 1:6.)

            Quem sabe precisa ser sóbrio.

            Não vale saber para destruir.

            Muita gente, aos primeiros contatos com a fonte do conhecimento, assume atitudes contraditórias. Impondo idéias, golpeando aqui e acolá, semelhantes expositores do saber nada mais realizam que a perturbação.

            E por isso que a ciência, em suas expressões diversas, dá mão forte a conflitos ruinosos ou inúteis em política, filosofia e religião.

            Quase todos os desequilíbrios do mundo se originam da intemperança naqueles que aprenderam alguma coisa.

            Não esqueçamos. Toda ciência, desde o recanto mais humilde ao mais elevado da Terra, exige ponderação. O homem do serviço de higiene precisa temperança, a fim de que sua vassoura não constitua objeto de tropeço, tanto quanto o homem de governo necessita sobriedade no lançamento das leis, para não conturbar o espírito da multidão. E não olvidemos que a temperança, para surtir o êxito desejado, não pode eximir-se à paciência, como a paciência, para bem demonstrar-se, não pode fugir à piedade, que é sempre compreensão e concurso fraternal.

            Se algo sabes na vida, não te precipites a ensinar com quem tiraniza, menosprezando conquistas alheias. Examina as situações características de cada um e procura, primeiramente, entender o irmão de luta.

            Saber não é tudo. É necessário fazer. E para bem fazer homem algum dispensará a calma e a serenidade, imprescindíveis ao êxito, nem desdenhará a cooperação, que é a companheira dileta do amor.  


*= grifos nossos

Fonte: 
Vinha de Luz / pelo Espírito Emmanuel; [psicografado por] Francisco Cândido Xavier. – 28. Ed. – 1. Imp. - Brasília; FEB, 2015. 445 p.


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