Quando Chico era criança*
A vida de Chico Xavier, desde a
infância, está assinalada por abençoados fatos e fenômenos que denotam a
incisiva presença do Mundo Espiritual, previdente e zeloso de sua vida
missionária.
Assim é que, aos tenros cinco anos,
ficou órgão de mãe e foi, pelo pai, levado a residir com a madrinha – uma senhora
perturbada, que o espancava com freqüência e, por vezes, o deixava passar fome.
Sofrendo,
então, as agruras da falta de alimento, Chico, brincando no quintal, onde era
sempre deixado, passou – de maneira até muito natural para a compreensão infantil
– a receber a visita de um cão enorme, que trazia para ele um jatobá!... (O
intrigante episódio repetido faz-nos lembrar o profeta Elias, refugiado em
lugar ermo, a quem, conforme está em I Reis, 17:4 e 6, Jeová ordenou a alguns
corvos o alimentassem diariamente de pão e carne, e assim aconteceu).
Conta o médium que o citado
cachorro chegava sempre no mesmo horário, trazendo o jatobá – fruta brasileira
formada de vagem grossa e longa, contendo arilos farináceos comestíveis, de
sabor não muito agradável mas de alto valor nutritivo. Trazia-o entre os
dentes e depositava-o a seus pés. Todavia, menino de pouco mais de cinco anos
de idade, que poderia fazer para romper a dura casca, semelhante a uma couraça?
Emocionado,
Chico explica, então, que o dócil animal – o qual ele não saberia dizer se se
tratava de um cão da Terra ou do Além -, notando sua incapacidade de quebrar o
jatobá, partia-lhe a casca, com a força das mandíbulas, e só se retirava quando
Chico começava a comê-lo!
Durante
muito tempo, até o casamento do pai com a boníssima D. Cidália, que o retirou
da infeliz tutela da madrinha, aqueles jatobás, que eram encontrados à margem
de um açude, foram-lhe importante alimento alimentar, tendo mesmo, em várias ocasiões,
saciado sua fome.
O
fato, prodigioso para alguns e absurdo para outros, revela o zelo da Vida Maior
com aquele que, tendo renascido em meio a tantas dificuldades e provações,
estava predestinado a desempenhar sublime missão entre as criaturas na Terra.
*= grifos
nossos
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