Dádivas Espirituais
E, descendo eles do
monte, Jesus lhes ordenou, dizendo: - A ninguém conteis a visão, até que o
Filho do Homem ressuscite dentre os mortos. (Mateus, 17:9)
Se o homem necessita de grande prudência nos atos
da vida comum, maior vigilância se exige da criatura, no trato com a esfera
espiritual.
É o próprio Mestre Divino quem no-lo exemplifica.
Tendo conduzido Tiago, Pedro e João às maravilhosas
revelações do Tabor, onde se transfigurou ao olhar dos companheiros, junto de
gloriosos emissários do plano superior, recomenda solícito: “A ninguém conteis a visão, até que o Filho
do Homem ressuscite dentre os mortos”.
O Mestre não determinou a mentira, entretanto,
aconselhou se guardasse a verdade para ocasião oportuna.
Cada situação reclama certa cota de conhecimento.
Sabia Jesus que a narrativa prematura da sublime visão
poderia despertar incompreensões e sarcasmos nas conversações vulgares e
ociosas.
Não esqueçamos que todos nós estamos marchando para Deus,
salientando-se, porém, que os caminhos não são os mesmos para todos.
Se guardas contigo preciosa experiência espiritual,
indubitavelmente poderás usá-la, todos os dias, utilizando-as em doses
apropriadas, a fim de auxiliares a cada um dos que te cercam, na posição particularizada
em que se encontram; mas não barateies o
que a esfera mais alta te concedeu, entregando a dádiva às incompreensões criminosas,
porque tudo o que se conquista do Céu é realização intransferível.
Fonte:
Caminho, verdade e vida / pelo Espírito Emmanuel; [psicografado por]
Francisco Cândido Xavier. – 29 ed. – 1 imp. – Brasília; FEB, 2015. 393 p.
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