Lágrimas*
Vinde a mim, todos os
que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. - Jesus. (Mateus, 11:28.)
Ninguém como o Cristo espalhou na Terra tanta
alegria e fortaleza de ânimo. Reconhecendo isso, muitos discípulos amontoam
argumentos contra a lágrima e abominam as expressões de sofrimento.
O Paraíso já estaria na Terra se ninguém tivesse razões para chorar.
Considerando assim, Jesus, que era o Mestre da
Confiança e do Otimismo, chamava ao seu coração todos os que estivessem
cansados e oprimidos sob o peso dos desenganos terrestres.
Não amaldiçoou os tristes: convocou-os à consolação.
Muita gente acredita na lágrima como sintoma de fraqueza espiritual.
No entanto, Maria soluçou no Calvário; Pedro lastimou-se
depois da negação; Paulo mergulhou-se em pranto às portas de Damasco; os
primeiros cristãos choravam nos circos de martírio... mas nenhum deles derramou
lágrimas sem esperança. Prantearam e seguiram o caminho do Senhor, sofreram e
anunciaram a Boa-Nova da Redenção, padeceram e morreram leais na confiança suprema.
O cansaço experimentado por amor ao Cristo converte-se em Fortaleza, as
cadeias levadas ao seu olhar magnânimo transformam-se em laços divinos de salvação.
Caracterizam-se as lágrimas por origens específicas.
Quando nascem da dor sincera e
construtiva, são filtros de redenção e vida; no entanto, se procedem do
desespero, são venenos mortais.
Fonte:
Caminho, verdade e vida / pelo Espírito Emmanuel; [psicografado por]
Francisco Cândido Xavier. – 29 ed. – 1 imp. – Brasília; FEB, 2015. 393 p.
*= grifos nossos...
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