Origem das tentações
Mas cada um é
tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência. (Tiago,
1:14)
Geralmente, ao surgirem os grandes males, os
participantes da queda imputam a Deus a causa que lhes determinou o desastre. Lembram-se,
tardiamente, de que o Pai é todo-poderoso e alegam que a tentação somente
poderia ter vindo do divino Desígnio.
Sim, Deus é o absoluto amor e tanto é assim que os
decaídos conservam de pé, contando com os eternos valores do tempo, amparados
por suas mãos compassivas. As tentações, todavia, não procedem da Paternidade
celestial.
Seria, porventura, o estadista humano responsável pelos
atos desrespeitosos de quantos inquinam a lei por ele criada?
As referências do Apóstolo estão profundamente
tocadas pela luz do céu: “Cada um é tentado, quando atraído pela própria concupiscência.”
Examinemos ambos os substantivos “tentação” e “concupiscência”. O primeiro
exterioriza o segundo, que constitui o fundo viciado e perverso da natureza
humana primitivista. Ser tentado é ouvir a malícia própria, é abrigar os
inferiores alvitres de si mesmo, porquanto, ainda que o mal venha do exterior,
somente se concretiza e persevera se com ele afinamos, na intimidade do coração.
Finalmente, destaquemos o verbo “atrair”. Verificaremos
a extensão de nossa inferioridade pela natureza das coisas e situações que nos
atraem.
A observação de Tiago é roteiro certo para
analisarmos a origem das tentações.
Recorda-te que cada dia tem situações magnéticas específicas. Considera a
essência de tudo o que te atraiu no curso das horas e eliminarás os males
próprios, atendendo ao bem que Jesus deseja.
Fonte:
Caminho, verdade e vida / pelo Espírito Emmanuel; [psicografado por]
Francisco Cândido Xavier. – 29 ed. – 1 imp. – Brasília; FEB, 2015. 393 p.
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