Dívida e tempo
O estado de alienado mental era completo.
A mãe deste jovem era também
muito doente e o Chico a ajudava a banhá-lo, alimentá-lo e a fazer a limpeza do
pequeno cômodo em que morava.
- O quadro era tão estarrecedor que, numa
de suas visitas em que um grupo de pessoas o acompanhava, um médico pergunto ao
Chico:
- Nem mesmo neste caso a eutanásia seria
perdoável?
- Não creio, doutor, respondeu-lhe o Chico.
Este nosso irmão, em sua última encarnação, tinha muito poder. Perseguiu, prejudicou
e com torturas desumanas tirou a vida de muitas pessoas. Algumas o perdoaram,
outras não e o perseguiram durante toda a sua vida. Aguardaram o seu desencarne
e, assim que ele deixou o corpo, eles o agarraram e o torturaram de todas as
maneiras durante muitos anos. Este corpo disforme e mutilado representa uma benção
para ele. Foi o único jeito que a Providência Divina encontrou para escondê-lo
de seus inimigos. Quanto mais tempo aguentar, melhor será. Com o passar dos
anos, muitos de seus inimigos o terão perdoado. Outros terão reencarnado. Aplicar
a eutanásia seria devolvê-lo as mãos de seus inimigos para que continuassem a torturá-lo.
- E como resgatar ele seus crimes?,
inquiriu o médico.
- O irmão X costuma dizer que Deus usa o
tempo e não a violência.
Fonte:
Livro: Chico, de Francisco. Adelino da Silveira. – São
Paulo: Cultura Espírita União, 1987. 159 p.
Nenhum comentário:
Postar um comentário