Nem todos
E aconteceu
que, quase oito dias depois destas palavras, tomou consigo a Pedro, João e a
Tiago,
e subiu o monte a orar. (Lucas, 9:28.)
Digna de notar-se atitude do Mestre, convidando apenas
Simão e os filhos de Zebedeu para presenciarem a sublime manifestação do monte,
quando Moisés e outro emissário divino estariam em contato direto com Jesus,
aos olhos dos discípulos.
Por que não convocou os demais companheiros?
Acaso Filipe ou André não teriam prazer na revelação? Não
era Tomé um companheiro indagador, ansioso por equações espirituais? No entanto,
o Mestre sabia a causa de suas decisões e somente Ele poderia dosar,
convenientemente, as dádivas do conhecimento superior.
O fato deve ser lembrado por quantos desejem forçar a
porta do plano espiritual.
Certo, o intercâmbio com esse ou aquele núcleo de
entidades do Além é possível, mas nem todos estão preparados, a um só tempo,
para a recepção de responsabilidades ou benefícios.
Não se confia, imprudentemente, um aparelho de produção preciosa,
cujo manejo dependa de competência prévia, ao primeiro homem que surja, tomado
de bons desejos. Não se atraiçoa impunemente a ordem natural. Nem todos os
aprendizes e estudiosos receberão do Além, num pronto, as grandes revelações. Cada
núcleo de atividade espiritualizante deve ser presidido pelo melhor senso de
harmonia, esforço e afinidade. Nesse mister, além das boas intenções é indispensável
a apresentação da ficha de bons trabalhos pessoais. E, no mundo, toda gente
permanece disposta a querer isso ou aquilo, mas raríssimas criaturas se
prontificam a servir e a educar-se.
Fonte:
Caminho, verdade e vida / pelo Espírito Emmanuel; [psicografado por]
Francisco Cândido Xavier. – 29 ed. – 1 imp. – Brasília; FEB, 2015. 393 p.
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