terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

Número Infinito

Espírito: Augusto dos Anjos
Psicografia: Francisco Cândido Xavier

Número infinito

Sístoles e diástoles verdadeiras
No hirto peito, rígido e gelado;
E eu via o último número extenuado,
Estertorando sobre as montueiras.

Interregno, escuridão, ânsia e inferneiras;
Depois do ar, o oxigênio eterizado,
E depois do oxigênio o ilimitado,
Resplendente clarão de horas primeiras.

Busquei a última visão das vistas foscas,
O Derradeiro Número entre as moscas,
À camada telúrica adstrito;

E eu, vítima dútil da desgraça,
Vi  que cada minuto que se passa
É nova luz do Número Infinito.

Fonte:

Disponível em http://www.recantodasletras.com.br/artigos/1831719 . Acessado em 28 fev. 2017.   

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