Espírito: Augusto dos Anjos
Psicografia: Francisco Cândido Xavier
Número infinito
Sístoles e diástoles verdadeiras
No hirto peito, rígido e gelado;
E eu via o último número extenuado,
Estertorando sobre as montueiras.
Interregno, escuridão, ânsia e inferneiras;
Depois do ar, o oxigênio eterizado,
E depois do oxigênio o ilimitado,
Resplendente clarão de horas primeiras.
Busquei a última visão das vistas foscas,
O Derradeiro Número entre as moscas,
À camada telúrica adstrito;
E eu, vítima dútil da desgraça,
Vi que cada minuto
que se passa
É nova luz do Número Infinito.
Fonte:
Disponível em http://www.recantodasletras.com.br/artigos/1831719
. Acessado em 28 fev. 2017.
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