terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

Ego sum

Espírito: Augusto dos Anjos
Psicografia: Francisco Cândido Xavier

Ego sum

Eu sou quem sou. Extremamente injusto
Seria, então, se não vou declarasse,
Se vos mentisse, se mistificasse
No anonimato, sendo eu o Augusto.

Sou eu que, com intelecto de arbusto,
Jamais cri, e por mais que o procurasse,
Quer com Darwin, com Haeckel, com Laplace,
Levantar-me do leito de Procusto.

Sou eu, que a rota etérica transponho
Com a rapidez fantástica do sonho.
Inexprimível nas terminologias.

O mesmo triste e estrábico produto,
Atramente a gemer a mágoa e o luto.
Nas mais contrárias idiossincracias.

Fonte:
Parnaso de além-túmulo: (poesias mediúnicas): [psicografado por] – Francisco Cândido Xavier – 19. Ed. – 2ª reimpressão – Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira, 2010. 704 p. 


Quem desejar, pode ver este poema musicado por Zé Henrique Martiniano no  Link:  https://www.youtube.com/watch?v=SkMHEvmLxh0 . É maravilhoso...

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